quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As sensações ou as percepções

Estava a escrever no meu livrinho sobre o que tinha sentido perante uma situação recente na minha vida e cheguei à conclusão que para além, e mesmo antes, de ser um Ser que pensa eu (nós) sou um Ser que sente e que pressente.
Apercebi-me que tenho dado pouca importância às coisas que pressinto no meu dia a dia. Ora se eu pres(sinto) alguma coisa é porque algum sinal me foi enviado de algum lado e me está a chegar informação sobre qualquer coisa.
Eu, pressinto no corpo. Há quem pressinta na cabeça, eu pressinto no corpo, não sei explicar isto de outra forma. Logo, tenho que estar mais atento ao meu corpo e às minhas sensações e precepções. Tenho que deixar de atender primeiro e sempre à minha razão, ao meu intelecto.
A minha capacidade de intuir de pressentir é infinita! Já a minha capacidade de razonar, de intelectualizar, é limitada! Como é possível, então, que eu dê mais importância a uma capacidade minha que é limitada do qua a outra que é infinita?
A minha capacidade de razonar está limitada à minha vivência, aos meus conhecimentos, à minha aprendizagem, à minha capacidade intelectual. A minha capacidade de sentir é tão primária como é a existência da vida. Qualquer animal tem a sua sobrevivência dependente da sua capacidade de sentir e de pressentir, de intuir. Só nós, animais humanos, é que deixamos de lado esta nossa capacidade tão fiável, tão primária, tão fundamental para a sobrevivência , em deterimento da nossa capacidade de razonar. Esta, sim, sobrevalorizamo-la e achamos que temos que usá-la acima de tudo para sermos considerados seres superiores. Só seremos, de facto, superiores se tivermos e usarmos mais alguma coisa que os outros seres vivos. Teremos que ter tudo o que os outros têm tão bem ou mais desenvolvido, para além de algum "plus" que nos diferencie. Não chega ser um Ser pensante...é preciso ser um Ser que sente e que intui!!!