domingo, 19 de dezembro de 2010

Mobilidade antes de estabilidade

Ontem fui ver um espectáculo de dança. Fiquei espantado com a capacidade de mobilidade dos bailarinos e com a forma dos seus corpos. Vindo do mundo dos ginásios, do esforço, das massas musculares, estaria à espera que alguém que consegue impulsionar o seu corpo, saltar, elevar os seus membros em amplitudes máximas, entre outras habilidades que a meu ver requerem força, muita força, tivesse massas musculares proporcionais, grandes, portanto. Verifiquei que os corpo são delgados, magros mesmo, com músculos alongados e muito pouco volume. Levou-me a pensar...
De facto, a disponibilidade articular que estes corpos apresentam, a sua incrível mobilidade, permite-lhes mover as partes do seu corpo sem qualquer constrangimento, com muito pouco esforço. No meu caso, se eu quero elevar uma perna completamente esticada acima da minha cintura, tenho que, além de elevar o peso do dito membro, lutar contra todos os tecidos encurtados que tenho em trono da articulação da anca. Acaba por ser um esforço brutal.
Tenho constatado que é possível prever as zonas de fechamento do corpo, na frente do corpo, olhando para a distribuição das massas musculares na parte de trás do mesmo. Isto é particularmente evidente na zona do tronco, ao longo da coluna vertebral. No meu caso, a zona dorsal, imediatamente atrás do estreno, é a mais desenvolvida pelo esforço que tenho que fazer de cada vez que quero sustentar a grelha costal elevada (evitando ficar marreco)...
Dá-me que pensar....