terça-feira, 17 de março de 2009

Em terra de cegos...

Estas coisas são mesmo assim. Começam devagar, pé ante pé, sem fazer muito barulho, quase em surdina. Alguns mais afoitos percebem o valor da coisa e lançam mãos. Outros começam então a ver os resultados e percebem que, para estarem onde toda a gente parece se dirigir, têm também que correr atrás. Sempre foi e sempre será assim. Resistimos à novidade pelo simples facto de ser novidade, por não se encaixar nas nossas rotinas, no nosso mundo certinho. Depois, quando a novidade já anda de boca em boca, então é melhor acreditar mesmo nela para não perder o rebanho. Não está mal. É assim!
E assim se fazem reis em terras de cegos. E muitas vezes o rei vai nú... Por isso o melhor mesmo é continuar com um pé diante do outro e gozar o caminho, aproveitar cada passo. É que reis há muitos e todos eles destinados a serem destronados. Com coroa ou sem ela os pés cheiram mesmo todos àquilo que se pisa.