terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O conhecimento, esse bem de todos e de ninguém!!!

Desde que me tornei formador, que comecei a ser solicitado para passar conhecimento, tenho vindo a pensar na importância do conhecimento, na importância do saber. Hoje em dia, acho mesmo que sempre foi assim, quem tem conhecimento quer fazer ver a outros que terão que se submeter para poderem saber também. O conhecimento sempre foi um instrumento usado pelos seres humanos para controlar outros seres humanos. Hoje, na era da livre informação, continua a ser assim. Eram os homens sábios que detinham o poder pelo conhecimento, eram as igrejas que detinham o conhecimento, eram os doutores que detinham o conhecimento... são os espertos que detêm hoje o conhecimento. Na minha área, do trabalho do corpo, a procura de conhecimento deu origem a uma indústria monstruosa de formação. Hoje quem se sabe vender como formador, mesmo que não possua qualquer tipo de conhecimento verdadeiramente válido, entra no mercado da formação e faz se passar pelo que não é. Eu acho que o conhecimento está aí para ser partilhado. Há quem tenha a capacidade de ver com olhos especiais que permitem "transformar" o que vêem em conhecimento. É gente que consegue observar e ver a relevância daquilo que observa, consegue relacionar o que observa com outro conhecimento que já foi gerado por outros e, assim, trazer novo conhecimento à luz. Não vejo mal nenhum em cobrar pela transmissão do conhecimento. Mas, como aprendi com uma Senhora muito resolvida, o que estou a cobrar não é o conhecimento em si, o que estou a cobrar é o meu tempo. O conhecimento não tem preço, o tempo, por seu lado, tem um valor cada vez mais elevado. E onde se encontra o conhecimento que as pessoas veem procurar junto de mim, ou que eu vou procurar junto de outros? Encontra-se mesmo em frente dos nossos olhos, à mão de semear, "à distância de um clic". Quem procura e usa esse conhecimento? Muito pouca gente. Dá trabalho. Depois do clic há que dedicar-se à informação, há que mastigá-la, experimentá-la, senti-la, fazê-la nossa. Então podemos usá-la e disfrutar dela. Mas, como disse, muito pouca gente usa o seu tempo e a sua energia para se dedicar à séria a alguma coisa. Mais fica para que o faz...
Mesmo o conhecimento mastigado e experimentado por alguns, quando é disponibilizado, não serve de nada se não houver algum tempo de dedicação em digeri-lo, em torná-lo nosso. Assim, entendo que o conhecimento deve ser partilhado. Ele só serve a quem se dedica a ele e esses - pelo menos na minha área - vão usá-lo bem. São muito poucos, também é verdade, mas que "los hay los hay".

sábado, 29 de novembro de 2008

A linguagem do corpo

A linguagem do corpo não é feita de palavras, não é feita de números, não é feita de explicações racionais. A linguagem do corpo é feita de sensações. Qualquer explicação verbal ou escrita sobre o movimento do corpo é, em si, uma abstração. Quando eu quero explicar um determinado movimento corporal eu tenho que apelar às sensações que acompanham a execução desse movimento. Por muito bom que eu seja a descrever um movimento, o entendimento corporal sobre a minha explicação pelo meu interlocutor vai ser sempre parcial, se não mesmo nulo. Para podermos falar do corpo, para podermos verbalizar o movimento do corpo, temos, primeiro que desenvolver um léxico de sensações que nos permita saber do que estamos realmente a falar. Este léxico é aprendido pela execução atenta dos movimentos por forma a podermos captar as sensações que os acompanham e, assim, podermos reproduzi-los sempre que quisermos.
Da mesma forma, entendo que para podermos ensinar movimento, temos que ter sentido esse mesmo movimento. Podemos sempre teorizar sobre movimento, podemos sempre tentar criar generalizações (diria abstrações) sobre o movimento do corpo humano. Não passarão disso mesmo, generalizações (abstrações). Quem trabalha com o corpo humano sabe, ou já se deu conta em algum momento, que as generalizações não servem NUNCA em todos os corpos. Há sempre uma adaptação necessária para cada um, há sempre um elemento de individualização que é preciso ter em conta quando queremos resultados positivos. Quando ensinamos movimento e temos por base as nossas próprias vivências, facilmente transmitimos, para além de uma mecânica, as sensações que lhe estão associadas. Deste modo, cada um irá adaptar o seu corpo, biomecanicamente, por forma a procurar as sensações pretendidas em vez de reproduzir um padrão biomecânico.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

As sensações ou as percepções

Estava a escrever no meu livrinho sobre o que tinha sentido perante uma situação recente na minha vida e cheguei à conclusão que para além, e mesmo antes, de ser um Ser que pensa eu (nós) sou um Ser que sente e que pressente.
Apercebi-me que tenho dado pouca importância às coisas que pressinto no meu dia a dia. Ora se eu pres(sinto) alguma coisa é porque algum sinal me foi enviado de algum lado e me está a chegar informação sobre qualquer coisa.
Eu, pressinto no corpo. Há quem pressinta na cabeça, eu pressinto no corpo, não sei explicar isto de outra forma. Logo, tenho que estar mais atento ao meu corpo e às minhas sensações e precepções. Tenho que deixar de atender primeiro e sempre à minha razão, ao meu intelecto.
A minha capacidade de intuir de pressentir é infinita! Já a minha capacidade de razonar, de intelectualizar, é limitada! Como é possível, então, que eu dê mais importância a uma capacidade minha que é limitada do qua a outra que é infinita?
A minha capacidade de razonar está limitada à minha vivência, aos meus conhecimentos, à minha aprendizagem, à minha capacidade intelectual. A minha capacidade de sentir é tão primária como é a existência da vida. Qualquer animal tem a sua sobrevivência dependente da sua capacidade de sentir e de pressentir, de intuir. Só nós, animais humanos, é que deixamos de lado esta nossa capacidade tão fiável, tão primária, tão fundamental para a sobrevivência , em deterimento da nossa capacidade de razonar. Esta, sim, sobrevalorizamo-la e achamos que temos que usá-la acima de tudo para sermos considerados seres superiores. Só seremos, de facto, superiores se tivermos e usarmos mais alguma coisa que os outros seres vivos. Teremos que ter tudo o que os outros têm tão bem ou mais desenvolvido, para além de algum "plus" que nos diferencie. Não chega ser um Ser pensante...é preciso ser um Ser que sente e que intui!!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Kettlebell. Uma nova paixão a partilhar

Uma nova experiência que entrou no meu vocabulário de treino do corpo. Já há alguns anos quis investigar as potencialidades deste instrumento que me pareceu curioso, no mínimo. Comprei uns dvd's, li uns artigos, fiz a minha pesquisa e pareceu-me que deveria experimentar. Não era o momento. O momento foi há coisa de um ano, quando decidi ir a londres para o meu primeiro contacto com Kettlebell. Escolhi uma escola que me pareceu séria e acertei em cheio! Obtive o meu certificado de EKI (Extreme Kettlebell Instructor) com o Tommy e o BJ em www.optimallifefitness.com . Foi um fim de semana de formação intensiva - muito intensiva - que resultou num estado de inflamação muscular generalizada como penso nunca tinha experimentado. Mas... ADOREI! Percebi que, de facto, aquilo tinha um potencial de treino fantástico. Achei tão bom que resolvi partilhar com os meus colegas do Academia. Trouxe a montanha a Maomé. Trouxe o Tommy com a sua certificação até Lisboa. Ele trouxe vários sets de Kettlebells que acabou por deixar por cá, vendendo-nos a sua carga. Desta segunda vez que fiz novamente o programa de certificação, qualquer dúvida que eu tivesse fui completamente desfeita. Agora treino Kettlebell três vezes por semana e NUNCA me senti tão bem no meu corpo. Ganhei uma força nas pernas, nas costas e nos braços impressionante e em muito pouco tempo. A minha resistência cardiorespiratória aumentou muitissimo. Aquelas gorduras em volta da cintura, que depois dos 40 já achava ser impossível de tirar, começaram paulatinamente a regredir. Aumentei muito a flexibilidade posterior dos membros inferiores e dos ombros. Bem, nos ombros a coisa é mais do que impressionante. Nem eu imaginava que era possível conseguir ganhos de flexibilidade desta forma e sem qualquer tipo de desconforto. Como se pode constatar, estou rendido aos encantos do Kettlebell. Os meus clientes estão tão encantados como eu. Experimentem com alguém que saiba dar os primeiros passos para poderem ter uma experiência boa. Não aconselho começar por vídeos e livros... O corpo tem as suas coisas, quando se trata de exercício, de que só o corpo experimentado sabe.

domingo, 3 de agosto de 2008

2º Curso de Pilates Tradicional

1.Introdução

Bem-vindo ao segundo programa de certificação no Método Pilates Tradicional em Portugal. Esperamos que as informações que se seguem possam ajudar a fazer uma escolha consciente sobre a opção de obter uma certificação completa e de elevada qualidade de instrutor do Método Pilates.

2.Descrição resumida da formação

O processo de certificação em Pilates Tradicional consiste em duas partes, treino em seminário e treino em estágio, com uma duração total de 10 meses. O treino em seminário será dividido em vários encontros que decorrem sempre ao fim de semana. Será abordado todo o conteúdo referente aos níveis básico, intermédio e iniciação ao avançado de trabalho de estúdio e de trabalho em aula de grupo. Dadas as características de exigência deste formato de formação, é absolutamente recomendada uma boa forma física e uma boa vivência prévia do Método Pilates Tradicional enquanto praticante. O treino em estágio tem uma duração de 600 horas obrigatórias que deverão ser cumpridas com um número mínimo de horas semanais, ao longo da duração do curso. Haverá vários exames de carácter prático durante o período de estágio. Só será concedido certificado aos formandos que frequentarem as horas de seminário na íntegra, completarem todas as horas mínimas de período de estágio e tiverem aproveitamento nos exames.

As principais datas:

Início do curso – 5 de Setembro 2008

Final do curso – 4 de Julho de 2009

Exames finais – 29 de Junho a 4 de Julho de 2009

Os encontros de seminário deverão acontecer sempre ao fim de semana e têm uma periodicidade quinzenal. As datas, que serão previamente acordadas com os participantes, poderão ser alteradas de acordo com as disponibilidades e necessidades dos formandos e do formador.

3. Processo de candidatura

Para além de demonstrar uma grande vontade em tornar-se um instrutor de Pilates tradicional certificado, o candidato deverá satisfazer uma série de requisitos: Pré-formação – Vivência no Método Pilates Tradicional. Esta exigência prende-se com o formato da formação em seminário intensivo que obriga ao conhecimento de base no Método como praticante de nível básico. Esta experiência adquire-se pela prática de cerca de 40 horas de treino individual e em grupo. Este número de horas não é absolutamente exigido, no entanto, os candidatos terão que demonstrar o equivalente de conhecimento e vivência corporal em prova de selecção, caso não tenho passado por esta pré-formação.

Entrega dos seguintes documentos devidamente preenchidos:

Acordo de participação

Curriculum vitae

Avaliação prática e oral do conhecimento do Método Pilates tradicional com o director do curso

Entrevista com o director do curso

O curso terá um número máximo de 8 alunos e mínimo de 4.

4. Custos do processo de certificação

a.Valor total e forma de pagamento

O processo de certificação terá um custo total de 3000 € mais IVA (20%). Este montante contempla os seminários, a permanência no Estúdio Nuno Gusmão durante o processo de certificação, um manual com todos os exercícios ensinados e a frequência dos encontros periódicos durante o período de estágio. O valor pago não inclui sessões individuais. Deverá ser pago 30% do valor total do curso para reservar a vaga (900€ + IVA). O restante montante pode ser pago de forma faseada acordada previamente com cada participante.

b.Reserva de lugar e política de restituição

Após a avaliação, caso o candidato seja aceite no curso, este terá que entregar 30% do valor total do curso para garantir a sua vaga (900 € + IVA). Este valor será restituído, na sua totalidade, se à data de início do curso não houver número suficiente de participantes inscritos. Caso o candidato, já aceite, reconsidere a sua participação no curso até 5 de Setembro de 2008, ser-lhe-á restituído 50% do montante por ele entregue como reserva de lugar no curso (450€ + IVA). Após esta data não se fará qualquer restituição do montante entregue como reserva.

c.Desistência a meio do processo de certificação

Caso o candidato decida parar com o processo de certificação, por doença ou outro motivo de força maior, cabe à direcção do curso deliberar sobre a restituição ou não do montante a entregar.

5.Estágio

O período de estágio tem uma duração mínima de 600 horas de trabalho acompanhado e supervisionado por um instrutor certificado no Método Pilates, num estúdio Pilates reconhecido pela direcção do curso. A programação durante o período de estágio permite ao formando desenvolver capacidades de ensino e de domínio do Método Pilates tradicional.

A organização do tempo de estágio depende da disponibilidade de horários de instrutores certificados e da disponibilidade do formando. O tempo mínimo de duração é de 600 horas. Não estão incluídas as horas destinadas a pré-formação e as provas práticas. O formando deverá estabelecer um plano de realização de estágio em conjunto com o director do curso, ainda antes da entrada no curso. Nas horas de estágio estão incluídos os períodos de observação e auxílio do instrutor certificado em estúdio, bem como o tempo de prática autónoma e/ou orientada no estúdio e em aula de Mat em grupo. O período de permanência em estúdio só é válido quando acompanhado por um instrutor certificado. Todas as horas de estágio deverão ser obrigatoriamente registadas em documento próprio e assinadas pelo instrutor certificado responsável pelo estúdio.

O estágio consiste, então, num período de observação, prática e assistência dos instrutores certificados e está dividida em três fases principais: Fase 1 - 0 a 200 horas

Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência pontual do instrutor certificado supervisor. Os Conteúdos a serem treinados devem respeitar as recomendações e indicações do supervisor. Avaliação: Haverá um exame prático no final das 200 horas de estágio composto por: Ensino de uma aula de Mat e de Reformer de nível básico. Execução de exercícios seleccionados do nível básico nos diversos aparelhos do estúdio (exame prático e oral) e de exercícios de mat de nível intermédio.

Fase 2 – 200 a 400 horas

Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência do instrutor certificado supervisor e ensino a amigos e outros formandos no centro de certificação, supervisionado. Os Conteúdos a serem treinados devem respeitar as recomendações e indicações do supervisor. Avaliação: Haverá um exame prático no final das 400 horas de estágio composto por: Ensino de uma primeira aula a cliente desconhecido (nível básico) Ensino de uma aula de estúdio de nível intermédio a outro formando Ensino de uma aula de Mat de nível intermédio

Fase 3 – 400 a 600 horas

Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência do instrutor certificado supervisor e ensino supervisionado de clientes reais/casos reais. Avaliação: Haverá um exame prático no final das 600 horas de estágio composto por: Ensino de uma aula de estúdio de nível avançado a outro formando Ensino de uma primeira aula a dois casos de populações especiais (nível básico) Ensino de uma aula de Mat de nível avançado

Durante todo o período de estágio os formandos estão em avaliação contínua.

6.Seminários

Os seminários decorrerão ao longo de todo o período de formação e sempre ao fim de semana, com uma periodicidade quinzenal. Haverá três períodos em que os seminários ocuparão todo o fim de semana e outros – a maioria – que serão somente ao sábado. Serão sempre períodos de 8 horas diárias num total de 224 horas. As datas previstas são as seguintes:

6 , 7, 20, 21 de Setembro 2008

4, 18 de Outubro

2, 15, 29 de Novembro

6, 7, 20, 21 de Dezembro

10, 24 de Janeiro 2009

7, 21 de Fevereiro

7, 8, 21, 22 de Março

4, 18 de Abril

2, 16, 30 de Maio

13, 27 de Junho

Todos os seminários serão leccionados pelo responsável do curso Nuno Gusmão e decorrerão no Estúdio Nuno Gusmão. As datas apresentadas deverão ser aprovadas por todos os participantes e pelo responsável do curso durante o primeiro encontro de seminário. Ao longo do curso poderão ser efectuadas alterações às datas previamente estabelecidas, de acordo com as necessidades dos formandos ou do formador, sempre com o acordo prévio de todos os intervenientes.

7.Formador

Nuno Gusmão

Licenciou-se em Educação Física na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Trabalha na área do Fitness há 13 anos como professor de aulas de grupo e como treinador pessoal. Em 2003 obteve o certificado de Instrutor do Método Pilates pelo The Pilates Studio BrasilTM com Romana Kryzanowska e Inélia Garcia. Desde essa data trabalhou em vários estúdios de Pilates em Lisboa. Em 2007 foi certificado como Teacher of teachers do Método Pilates pelos Master teachers Michael Fritzke e Ton Voogt. Actualmente é o director técnico do Estúdio Nuno Gusmão, situado no Ginásio Academia-lifeclub, também em Lisboa.

8.Local de estágio reconhecido pela direcção do curso

Estúdio Nuno Gusmão

Ginásio Academia Life-club

Rua da cintura do porto a Santos

Arm. J

1200 – 000 Lisboa

Director técnico: Nuno Gusmão

Tel: 919376553

Email: nunogoncalogusmao@gmail.com

P.S. Será também reconhecido como local de estágio o Estúdio que inaugurará em Setembro em Braga sob a direcção técnica de Mônica Assumpção.

sábado, 2 de agosto de 2008

Treino funcional ou simplesmente Treino!!!

Um desabafo. Foi assim, de repente. Um colega de trabalho falou-me na necessidade de termos mais "treino funcional". Eu tive um click que me fez saltar a tampa e afirmei em jeito de pergunta: Mas eu pensei que todo o treino que nós prescrevemos é funcional?! Foi assim, de repente que a designação tão em voga hoje em dia - e que tão bem vende - me pareceu descabida de todo. Pensei assim: Ora se eu prescrevo algum tipo de treino será sempre para atingir um determinado objectivo relativo ao funcionamento do corpo, seja ele de que nível, de reabilitação ou performance, for. Se o treino que eu prescrevo não for de acordo com os objectivos pré-definidos é porque alguma coisa correu mal na prescrição. Logo, concluo, todo o treino é funcional. Um treino não funcional, para mim pelo menos, seria como "subir para baixo". Quando as pessoas usam o termo "treino funcional" querem referir-se ao treino usando meios instáveis, com maior ênfase na estimulação da propriocepção, da estabilidade articular ou, simplesmente quando se querem referir ao uso de materiais "novos" de treino - bolas, cabos, pesos livres, superfícies instáveis, etc. No fundo, tudo coisas muito antigas, usadas desde sempre mas que hoje ganharam novas "roupas", formas, nomes, cores, texturas e materiais, tudo formas de vender coisas de sempre como se fossem novas e, por isso, mais exclusivas e ... rentáveis. O "treino funcional" ainda vai ajudar muita gente a ganhar dinheiro, ainda vai alimentar muito o mercado pelo potencial de venda que apresenta.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Mais um dia FELIZ!

Não sei explicar o que faz chegar ao final do dia - um dia longo de trabalho e de responsabilidade - e sentir, mais do dizer, sentir!, que a vida é maravilhosa e que os dias sempre iguais e sempre diferentes fazem tanto sentido e me fazem feliz!
Talvez seja pelo local onde tenho o privilégio de passar a maior parte do meu dia, onde trabalho, que tem uma energia especial. Talvez seja pela vizinhança do rio tejo e da luz do sol reflectida na sua água, com os cacilheiros para lá e para cá, silenciosos... Talvez seja pela equipa de pessoas com quem tenho o prazer de trabalhar que sempre têm um sorriso e dois dedos de conversa fiada. Talvez seja por saber que vou chegar a casa e ter a companhia certa ao meu lado. Talvez seja por ter uma família maravilhosa. Talvez seja pelos Amigos com quem sei que posso contar incondicionalmente. Talvez seja por ter uma alma gémea de carne e osso. Talvez seja por ter descoberto que mereço tudo isto e muito mais na vida!
Mas é muito bom estar feliz ao fim do dia, cansado mas FELIZ!

sábado, 19 de janeiro de 2008

A fidelização aos ginásios

"O ginásio é uma coisa secundária na vida das pessoas". Este é um chavão que tem comandado as estratégias de abordagem do mercado dos ginásios. Será mesmo assim? Ouvi, mais uma vez, esta "verdade" na última reunião de direcção do meu ginásio e fiquei a pensar no caso. Eu não me identifico nesta verdade... A minha carreira profissional nesta área, que já vai para mais de 15 anos, tem me dito que o ginásio, da forma como eu o tenho apresentado aos meus clientes, não é uma coisa secundária. O ginásio é uma necessidade que faz parte da vida das pessoas com quem eu trabalho. Os meus clientes têm variado ao longo dos anos por eu ter mudado de local de trabalho. Mesmo assim, alguns dos meus clientes têm acompanhado as minhas deslocações. Talvez tenha sorte nas pessoas que me contactam ... Talvez haja alguma coisa na forma como eu trabalho e nas ideias que eu veiculo no meu trabalho que levem os meus clientes a criar a necessidade da prática regular de exercício. Mas o que é que eu faço, ou faço fazer, para que as pessoas passem a considerar o exercício físico como uma parte principal das suas vidas? Eu conheço outros profissionais da minha área que conseguem os mesmos resultados que eu em termos de fidelização dos clientes. Isto dá que pensar ...