sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

À Vida

Feliz comigo, feliz com as minhas opções. Feliz com a Vida!
Sim, é assim que eu me sinto nos dias de hoje - alinhado com a Vida.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Novas visões do corpo


Neste momento começa a formar-se uma nova imagem de conjunto sobre a minha visão do corpo. Resulta de uma monte de observações empíricas do meu trabalho diário com os corpos dos meus clientes e com o meu corpo durante os meus treinos e resultada de encontros de linhas pensamento / investigação que vem confirmar algumas das minhas observações.
Esta minha nova consciência sobre o corpo terá começado nos poucos tratamentos de Rolfing que fiz na Alemanha com a Ricarda. Num desses tratamentos terminei com a barriga completamente distendida (e um sentimento de que aquilo não estava de acordo com os meus hábitos e me parecia mal, apesar de me fazer sentir fisicamente bem...) e saí do consultório com um andar novo. Sentia-me a bambolear as ancas pela rua fora, com muito movimento nas ancas, e com a barriga saída. Descrevi aquela atitude como um andar desleixado. Hoje descreve-lo-ia como um andar descontraído, um andar sem tensão. Concluo, hoje, que nesse tempo eu tinha feito um percurso de construção do meu corpo no sentido do controlo e da contenção ou melhor dito da com(tensão)...
Este facto levou-me a várias leituras, nomeadamente na área do Rolfing, onde há uma grande ênfase nas questões da respiração abdominal, profunda. Comecei a tentar entender, visualizar, o processo mecânico e fisiológico da respiraçao. O funcionamento dos músculos envolvidos na respiração, nomeadamente o movimento do diafragma, sempre foram muito confusos para mim. Fiz várias aproximações ao tema através de leituras e videos mas nunca nada foi suficientemente convincente para chamar a minha atenção. Eu não estava preparado para receber a informação que me chegava. Acabou por chegar pelas palavras de dois senhores: Leon Chaitow e James Earl. O segundo tem uma descrição muito precisa e, para mim, fácil de entender sobre o funcionamento mecânico do diafragma no seu livro conjunto com o Thomas Mayers. O primeiro tem um tratado multidisciplinar sobre respiração e vários artigos fáceis de consumir sobre o tema. Além disso, algumas leituras, bem mais complicadas e técnicas, de Aline Newton completaram a "big picture".
Comecei, então e questionar o tipo de respiração que me foi ensinada na prática de Pilates. A tal da respiração torácica lateral junto com a manobra de estabilização do tronco de umbigo nas costas ou hollow. Ambas estas acções me tornavam ainda mais tenso no meu corpo. Passei a lutar contra o corpo, literalmente. Passei por uma fase de controlo, de espartilhamento do corpo e da vontade que teve como consequência lógica dores, nomeadamente na zona lombar e sagrada. Aprendi a andar com o rabo apertado e a fazer tudo apertado, tudo espartilhado. Quanto maior a dor eu sentia mais achava que tinha que fazer. Agora visto à distância tudo me parece um quadro de autopunição que eu me infligia. Para mim, na altura, a dor era sinónimo de erro meu, de pouco treino, de falta de empenho, logo tinha que me "castigar" mais fazendo mais do mesmo...
Bom, consegui perceber que se fizesse mais do mesmo teria mais do mesmo como consequência. Comecei por abrir as costelas. Esta é outra das dicas que é dada em Pilates e exercício supostamente correctivo no geral: fechar as costelas. Pois é percebi que apesar de ter uma caixa torácica muito aberta, com costelas largas, precisava de abri-las para movimentá-las. A minha caixa torácica, a minha coluna dorsal, era muito rígida, claro. Ao fechar as costelas usando músculos fásicos (oblíquos e recto abdominal) eu estava a adensar ainda mais a minha caixa torácica. Durante um tempo só me preocupei em abrir as costelas como forma de libertar o meu tronco pela frente, a minha cadeia anterior e cruzadas. Ao mesmo tempo percebi que se deixasse a barriga cair quando estava de pé, conseguia não ter dores nas costas e sentia muito alongamento nos músculos do abdómen. Este alongamento libertava o meu pescoço e o peso dos ombros aliviava. Trabalhei sobretudo neste tipo de libertação enquanto estava de pé, que é a postura em que passo mais tempo durante o dia. Continuei a forçar as costelas a abrir com a respiração torácica. Talvez fizesse já alguma respiração abdominal uma vez que fui libertando a cadeia anterior e estava conscientemente com a barriga para fora.
De repente - muitas das coisas acontecem-me assim, de repente -, lembrei-me de uma foto em que o Joe Pilates está em pé sobre a barriga de uma rapariga que está a fazer o que parece ser um hundred com as pernas quase horizontais. Fez-me um click e pensei: Para esta senhora aguentar com o peso do Joe na barriga, tem que estar a empurrar a barriga para fora e não a sugar o umbigo nas costas. Terá sido isto que o Joe queria mostrar na foto? Não sei. O que é um facto é que esta foto me levou ao passo seguinte. Respirar com a barriga para fora, fazer um barriguão ao invés de encolher o umbigo. Esta conclusão teve por base todas as leituras que fiz sobre os efeitos de estabilização diferenciados entre hollow e bracing. Destas leituras concluí que, de facto, o bracing é a estratégia a adoptar para ter uma estabilização do tronco realmente eficaz. Comecei a introduzir o bracing como estratégia de estabilização em todos os meus alunos. Isto implica reprogramar novamente o que já tinha sido programado uma vez no sentido inverso. Não foi tarefa fácil mas os resultados foram tão, mas tão rápidos e benéficos que todos aceitaram facilmente esta nova introdução.
E, como em tudo na vida, quando começamos a caminhar em determinado sentido, com sentido, foram aparecendo diversos autores que divulgam justamente este tipo de trabalho, nomeadamente o Evan Osar. O livro deste senhor eu não me importava de o ter escrito. Resume e organiza perfeitamente os conteúdos em que tenho vindo a trabalhar e matutar, e fá-lo de uma forma tão simples e bem organizada...
Este autor levou-me à sua principal fonte, fonte de que vários outros autores também falam: DNS. A Rehabilitation Prague School tem divulgado o seu trabalho, ou parte dele, através deste programa de formação DNS - Dynamic Neuromuscular Stabilization. É, de facto, fabuloso o conteúdo e a forma em que eles trabalham. Contactei esta escola e em Dezembro de 2012 trouxe a primeira formação de DNS aqui a Portugal, no Bells and Springs.
A implementação deste conhecimento e desta prática no método Pilates não é nada difícil e é até bastante compatível. Ainda estou a começar, com passos de bebé, a aplicar parte dos conceitos DNS ao meu trabalho em Pilates, ou melhor, ao meu trabalho com corpo. Voltarei para continuar o relato deste caminho que sempre se vai abrindo mais e mais.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mobilidade antes de estabilidade

Ontem fui ver um espectáculo de dança. Fiquei espantado com a capacidade de mobilidade dos bailarinos e com a forma dos seus corpos. Vindo do mundo dos ginásios, do esforço, das massas musculares, estaria à espera que alguém que consegue impulsionar o seu corpo, saltar, elevar os seus membros em amplitudes máximas, entre outras habilidades que a meu ver requerem força, muita força, tivesse massas musculares proporcionais, grandes, portanto. Verifiquei que os corpo são delgados, magros mesmo, com músculos alongados e muito pouco volume. Levou-me a pensar...
De facto, a disponibilidade articular que estes corpos apresentam, a sua incrível mobilidade, permite-lhes mover as partes do seu corpo sem qualquer constrangimento, com muito pouco esforço. No meu caso, se eu quero elevar uma perna completamente esticada acima da minha cintura, tenho que, além de elevar o peso do dito membro, lutar contra todos os tecidos encurtados que tenho em trono da articulação da anca. Acaba por ser um esforço brutal.
Tenho constatado que é possível prever as zonas de fechamento do corpo, na frente do corpo, olhando para a distribuição das massas musculares na parte de trás do mesmo. Isto é particularmente evidente na zona do tronco, ao longo da coluna vertebral. No meu caso, a zona dorsal, imediatamente atrás do estreno, é a mais desenvolvida pelo esforço que tenho que fazer de cada vez que quero sustentar a grelha costal elevada (evitando ficar marreco)...
Dá-me que pensar....

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Workshop Pilates com Michael Fritzk e Ton Voogt

Descrição

Thursday July 8, 2010 10:00 – 1:00 Making the link (compare same exercise on different equipment) 2:00 – 4:00 Ped-a-Pole 4:00 – 6:00 Chair (variations, patterns connections, specific facets i.e deceleration, etc.) Friday July 9, 2010 10:00 – 11:00 Hips, knees and feet 11:00 – 1:00 Jump (Reformer jump board) 2:00 – 4:00 Spine mobility and stability 4:00 – 6:00 Cadillac Combos Saturday July 10, 2010 10:00 – 11:00 Mat workout - Joseph Pilates By the Book 11:00 – 1:00 Break it down and build it up (breaking down advanced exercises and build them up/ including use of small props) 2:00 – 4:00 Core power within (mat) 4:00 – 6:00 Meridian workshop Sunday July 11, 2010 10:00 - 11:00 TRIADBALL™ workout 11:00 – 12:00 TRIADBALL™ workshop 12:00 - 1:00 Pilates Standing exercises workout 2:00 – 4:00 Spine Corrector innovations (traditional and non-traditional exercises)4:00 - 6:00 TRIADBALL™ trinity workout and closing/questions & answers Foi um absoluto sucesso, este workshop. Participaram 25 professores e a energia do grupo foi muito positiva. Os profs. Michael e Ton (M&T) mostraram que continuam no seu caminho de reunir , confrontar e comparar o conhecimento que por aí anda relativo ao que o grande mestre Joseph Pilates ensinou em vida. Eles procuraram, e conseguiram, mostrar que o trabalho de Joseph Pilates era, de facto, muito abrangente e completo. Cada corpo que lhe passou pelas mãos recebeu a dose apropriada para o seu corpo. Daí que existam hoje tantos exercícios diferentes e tantas variações dos mesmo exercícios. Os profs M&T souberam, mais uma vez, explicar a possível origem de determinadas adaptações de certos exercícios socorrendo-se do conhecimento sobre as fontes (corpos) de onde elas nos chegaram hoje em dia. O workshop centrou-se na abordagem de conceitos que são transversais à maioria dos exercícios hoje associados à prática de Pilates. O conhecimento destes conceitos básicos permite-nos ir bem mais longe no trabalho corporal usando o método. Foram quatro dias muito bem passados.

terça-feira, 22 de junho de 2010

4º Curso de Pilates Tradicional

Já agendámos mais um curso de Pilates Tradicional. Abaixo está uma descrição do mesmo, principais datas propostas, valores e formatos de funcionamento. Para qualquer esclarecimento podem escrever-me (nunogoncalogusmao@gmail.com). Descrição resumida da formação

O processo de certificação em Pilates Tradicional consiste em duas partes, treino em seminário e treino em estágio, com uma duração total de 10 meses.

O treino em seminário será dividido em 3 encontros com a duração de 4 (quatro) dias consecutivos cada. Cada um destes encontros será apoiado por um ou dois fins-de-semana extra (Seminários intermédios), entre cada um dos encontros. Será abordado todo o conteúdo referente aos níveis básico, intermédio e iniciação ao avançado de trabalho de estúdio e de trabalho em aula de grupo. Dadas as características de exigência deste formato de formação, é absolutamente recomendada uma boa forma física e uma boa vivência prévia no Método Pilates Tradicional enquanto praticante.

O treino em estágio tem uma duração de 600 horas mínimas obrigatórias que deverão ser cumpridas com um número mínimo de horas semanais, ao longo da duração do curso. Haverá fins de semana de orientação (Encontros de estágio), para além dos fins de semana de seminário. Estes encontros servirão para treino e correcção dos formandos e para esclarecimento de dúvidas. Haverá várias avaliações de carácter prático e informal durante o período de estágio.

Só será concedido certificado aos formandos que frequentarem as horas de seminário na íntegra, completarem as horas mínimas de período de estágio e tiverem aproveitamento nas avaliações.

As principais datas:

¨ 1º Encontro seminário – 9, 10, 11 e 12 de Setembro de 2010

¨ Encontro de estágio – 25, 26 de Setembro de 2010

¨ Encontro de estágio – 30, 31 de Outubro de 2010

¨ Seminário intermédio – 20, 21 de Novembro de 2010

¨ Encontro de estágio – 11, 12 de Dezembro de 2010

¨ 2º Encontro seminário – 13, 14, 15 e 16 de Janeiro de 2011

¨ Encontro de estágio – 29, 30 de Janeiro de 2011

¨ Seminário intermédio – 5, 6 de Fevereiro de 2011

¨ Encontro de estágio – 19, 20 de Fevereiro de 2011

¨ Encontro de estágio – 19, 20 de Março de 2011

¨ 3º Encontro seminário –7, 8, 9 e 10 de Abril de 2011

¨ Encontro de estágio – 7, 8 de Maio de 2011

¨ Seminário intermédio – 28, 29 de Maio de 2011

¨ Encontro de estágio – 18, 19 de Junho de 2011

¨ Final do curso –2, 3 de Julho de 2011

As datas, que serão previamente acordadas com os participantes, poderão ser alteradas de acordo com as disponibilidades e necessidades dos formandos e do formador.

Processo de candidatura

Para além de demonstrar uma grande vontade em tornar-se um instrutor de Pilates tradicional certificado, o candidato deverá satisfazer uma série de requisitos:

o Pré-formação – Vivência no Método Pilates Tradicional. Esta exigência prende-se com o formato da formação em seminário intensivo que obriga ao conhecimento de base no Método como praticante de nível básico. Esta experiência adquire-se pela prática de cerca de 40 horas de treino individual e em grupo. Este número de horas é absolutamente exigido. Os candidatos terão que demonstrar o equivalente de conhecimento e vivência corporal em prova de selecção, caso não tenho passado por esta pré-formação.

Os candidatos deverão realizar, sem qualquer ajuda, um reformer básico, manipulando o aparelho de forma conveniente e devem realizar, também sem qualquer ajuda, alguns exercícios apropriados para o seu corpo, nos outros aparelhos de estúdio.

o Entrega dos seguintes documentos devidamente preenchidos:

· Acordo de participação

· Curriculum vitae

o Entrevista com o director do curso

O curso terá um número máximo de 10 alunos

Custos do processo de certificação

    1. Valor total e forma de pagamento

O processo de certificação terá um custo total de 3500 € mais IVA (20%). Este montante contempla os seminários, a permanência no Estúdio Nuno Gusmão durante o processo de certificação, um manual com todos os exercícios ensinados e a frequência dos encontros periódicos durante o período de estágio. O valor pago não inclui sessões individuais.

Deverá ser pago 30% do valor total do curso para reservar a vaga (1050€ + IVA). O restante montante pode ser pago de forma faseada acordada previamente com cada participante.

    1. Reserva de lugar e política de restituição

Caso o candidato seja aceite no curso, este terá que entregar 30% do valor total do curso para garantir a sua vaga (1050 € + IVA). Este valor será restituído, na sua totalidade, se à data de início do curso não houver número suficiente de participantes inscritos.

Caso o candidato, já aceite, reconsidere a sua participação no curso até 31 de Agosto de 2010, ser-lhe-á restituído 50% do montante por ele entregue como reserva de lugar no curso (525€ + IVA). Após esta data não se fará qualquer restituição do montante entregue como reserva.

    1. Desistência a meio do processo de certificação

Caso o candidato decida parar com o processo de certificação, por doença ou outro motivo de força maior, cabe à direcção do curso deliberar sobre a restituição ou não do montante a entregar.

Estágio

O período de estágio tem uma duração mínima de 600 horas de trabalho acompanhado e supervisionado por um instrutor certificado no Método Pilates, num estúdio Pilates reconhecido pela direcção do curso. A programação durante o período de estágio permite ao formando desenvolver capacidades de ensino e de domínio do Método Pilates tradicional.

A organização do tempo de estágio depende da disponibilidade de horários de instrutores certificados e da disponibilidade do formando. O tempo mínimo de duração é de 600 horas. Não estão incluídas as horas destinadas a pré-formação e as horas de seminário. O formando deverá estabelecer um plano de realização de estágio em conjunto com o director do curso, ainda antes da entrada no curso. Nas horas de estágio estão incluídos os períodos de observação e auxílio do instrutor certificado em estúdio, bem como o tempo de prática autónoma e/ou orientada no estúdio e em aula de Mat em grupo. O período de permanência em estúdio só é válido quando acompanhado por um instrutor certificado.

Haverá encontros de fim de semana, incluídos no período de estágio, devidamente orientados, que servirão de momento de treino e correcção dos formandos, bem como para esclarecimento de dúvidas sobre os conteúdos já abordados. Durante estes encontros não serão abordados novos conteúdos.

O estágio consiste, então, num período de observação, prática e assistência dos instrutores certificados e está dividida em três fases principais:

o Fase 1 - 0 a 200 horas

Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência pontual do instrutor certificado supervisor.

Os conteúdos a serem treinados devem respeitar as recomendações e indicações do supervisor.

No final das 200 horas o formando deverá ser capaz de:

· Ensino de uma aula de Mat e de Reformer de nível básico.

· Execução de exercícios seleccionados do nível básico nos diversos aparelhos do estúdio e de exercícios de mat de nível intermédio.

o Fase 2 – 200 a 400 horas

Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência do instrutor certificado supervisor e ensino a amigos e outros formandos no centro de certificação, supervisionado.

Os conteúdos a serem treinados devem respeitar as recomendações e indicações do supervisor.

No final das 400 horas o formando deverá ser capaz de:

· Ensino de uma primeira aula a cliente desconhecido (nível básico)

· Ensino de uma aula de estúdio de nível intermédio a outro formando

· Ensino de uma aula de Mat de nível intermédio

o Fase 3 – 400 a 600 horas

Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência do instrutor certificado supervisor e ensino supervisionado de clientes reais/casos reais.

No final das 600 horas o formando deverá ser capaz de:

· Ensino de uma aula de estúdio de nível avançado a outro formando

· Ensino de uma primeira aula a dois casos de populações especiais (nível básico)

· Ensino de uma aula de Mat de nível avançado

Os candidatos poderão realizar o período de estágio em outro estúdio de Pilates reconhecido pela direcção do curso, em qualquer localidade do país. Excepção feita para os fins de semana orientados que decorrem sempre no Estúdio Nuno Gusmão, em Lisboa.

Durante todo o período de estágio os formandos estão em avaliação contínua.

Seminários

Os seminários decorrerão ao longo de todo o período de formação distribuídos da forma já apresentada. Serão sempre períodos de 8 horas diárias num total de 176 horas.

Todos os seminários serão leccionados pelo responsável do curso Nuno Gusmão e decorrerão no Estúdio Nuno Gusmão.

As datas apresentadas deverão ser aprovadas por todos os participantes e pelo responsável do curso durante o primeiro encontro de seminário. Ao longo do curso poderão ser efectuadas alterações às datas previamente estabelecidas, de acordo com as necessidades dos formandos ou do formador, sempre com o acordo prévio de todos os intervenientes.

Formadores

Nuno Gusmão

Licenciou-se em Educação Física na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Trabalha na área do Fitness há 13 anos como professor de aulas de grupo e como treinador pessoal. Em 2003 obteve o certificado de Instrutor do Método Pilates pelo The Pilates Studio BrasilTM com Romana Kryzanowska e Inélia Garcia. Desde essa data trabalhou em vários estúdios de Pilates em Lisboa. Em 2007 foi certificado como Teacher of teachers do Método Pilates pelos Master teachers Michael Fritzke e Ton Voogt, e iniciou coordenou o primeiro curso de Pilates Tradicional. Actualmente é o director técnico do Estúdio Nuno Gusmão, inaugurado em Abril de 2007, situado no Ginásio Academia-lifeclub, também em Lisboa.

João Lobo

Concluiu a frequência no curso de Educação Fisica da Universidade Lusófona em 2003. Desde esta data que trabalha com crianças em Educação Fisica Escolar.Em 2006 entrou em contacto com o Método de Pilates frequentando o primeiro curso para professores. Trabalhou em vários ginásios na região de Lisboa orientando aulas de grupo. A partir de 2007 dedica-se inteiramente ao método de Pilates. Aprofunda os seus conhecimentos ao iniciar o 1º Curso de certificação em Pilates Tradicional administrado pelo Prof. Nuno Gusmão e o Prof. Jorge Félix. Participa em diversos workshops e seminários com professores conceituados como Michael Fritzke; Ton Voogt ou Troy Mccarty. Todas as semanas contribui para uma boa qualidade de vida dos seus alunos no “Estúdio Nuno Gusmão” e no “Creative Pilates Studio” no Clube VII, ambos em Lisboa.

Local de estágio reconhecido

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Agradecido pela vida

Estou determinado a repensar a minha espiritualidade. Estou a descobri-la, nem tinha consciência que havia uma dimensão espiritual em mim. Provavelmente haverá outras dimensões com que ainda nem tomei contacto. Lá chegarei.
Por várias vias me vêm chegando sinais que me reforçam a vontade e a curiosidade de descobrir o meu caminho espiritual. Ainda estou numa fase muito, digamos, embrionária do caminho mas já me dei conta de que preciso primeiro reconhecer-me como Ser, reconhecer a minha existência, os meus toques na vida, as minhas escolhas, os meus compromissos e os meus feitos. Muitas vezes precisei, e pedi, este mesmo reconhecimento por parte de terceiros, terceiros importantes na minha vida, para lhes dar um sentido. Por isso mesmo, muitas vezes me senti frustrado por não ter o retorno de que estava à espera. Só agora começo a perceber que o dito reconhecimento tem que ser mesmo meu. Sou eu que tenho que me dar conta daquilo que valho, daquilo que por que sou responsável, de mau e de bom. Deste auto-reconhecimento posso partir para uma imagem mais realista de mim mesmo. Eu não sou só aquilo que faço, de mau ou de bom, mas alguma parte de mim - uma parte importante - se reflecte nisso mesmo.
Como tudo isto, tenho dado conta do muito que já fiz, do que já construí, do que já conquistei, do que já aprendi e partilhei. Sinto-me mais "normal", mais humano, com estas constatações. Sobretudo, sinto-me grato pela vida e é minha intenção vive-la de forma ainda mais intensa, mais presente. Mais "normal", portanto.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sinal dos tempos também no pilates

Desde que comecei a interessar-me pelo método pilates - há cerca de 10 anos - que me tenho deparado com uma enorme parafernália de aplicações "exclusivas". Esta exclusividade advém de uma concepção, no meu entender, completamente errada do método pilates e, mais ainda, de uma necessidade de exercer poder através do conhecimento que me parece condenável. Como diz Michael Miller (www.hermit.com) em vários dos seus textos, pilates é uma ideia. Uma ideia que pode ser depreendida dos registos fotográficos, filmes e escritos existentes e da prática que nos foi chegando até os dias de hoje. Pilates não é, como querem fazer crer alguns, posse de uma aristocracia (esta ideia é desenvolvida por Michael Miller), de uma elite que foi tocada directamente por Joe Pilates ou por alguém que conheceu alguém que foi tocado por ele... Esta ideia de que alguns iluminados possuem o santo graal de pilates, a fonte do método de onde vão tirando mais e mais pedacinhos "autênticos", "originais", que vão distribuíndo ao seu séquito de seguidores atentos (pouco atentos no meu entender) parece-me pouco saudável. É mais fácil ter alguém a pensar por nós, depositar o nosso caminho nas mãos de alguém que "tudo sabe" e me escusa a mim de ter que procurar. É mais fácil simplesmente acreditar em alguém que "tudo sabe" do que questionar sobre as "verdades" que nos são apresentadas como tal.
O nome Pilates tem sido usado como forma de acrescentar valor a programas de exercício. Nenhum programa de formação na área do exercício físico ou da fisioterapia parece estar completo se não incluir a palavra pilates. Hoje em dia há pilates para tudo e para todos: Ele é pilates para grávidas, pilates para yogiis, pilates para corredores, pilates para jovens, pilates para bailarinos, pilates para fisitoterapeutas, pilates com tango, pilates com taichi... e vai por aí fora. A mim, fica-me a ideia de que antes de se espalhar o nome pilates os vários profissionais que mexem com o corpo não tinham ideia sobre como trabalhar o aparelho estabilizador do corpo humano. Espanta-me que métodos tão mais antigos de exercício como o Yoga e o Taichi, por exemplo, precisem de se socorrer do "pilates" para trabalhar o corpo de forma eficaz... Mesmo a fisioterapia, convenhamos, terá outras formas tão válidas quanto o pilates para trabalhar aspectos específicos do corpo. E para não parecer imparcial vejamos a área do exercício físico. Também aqui, desde sempre, houve formas de trabalhar especificamente os músculos estabilizadores do corpo, programas de exercício baseados nos três pilares do pilates: controlo, flexibilidade e força (para usar as palavras de Romana Kryzanowska quando descreve o método que ensina com alguma autoridade). Basta fazer um pouco de pesquisa na internet para encontrar variadissimos registos de programas e métodos de exercício que propõem muitas das coisas que o senhor Pilates propôs.
Apesar da facilidade com que hoje em dia podemos ter acesso à informação, seja através da internet, seja pela facilidade de deslocação pessoal a qualquer lado do mundo, mais e mais gente continua a ignorar (ou a preferir ignorar...) todo este manacial, como se não existesse. Será este seguidismo cego um sinal dos tempos de hoje? Gostaria de acreditar que não mas ...