sábado, 29 de dezembro de 2007

Workshop CEF 2007

OBJECTIVO

Aplicação de alguns conceitos básicos usados no Método de Pilates ao contexto fitness.

Quero mostrar como é possível integrar os conceitos usados em Pilates em qualquer movimento ou trabalho de fitness. Quero mostrar que o trabalho de Pilates não tem nada de muito transcendente, que é um trabalho específico mas que assenta nos mesmos pressupostos de qualquer trabalho com o corpo que seja bem pensado, estruturado e conduzido.

Quais os conceitos base que são muito trabalhados em Pilates e que podem e devem estar presentes num programa de fitness?

A] ESTABILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DA CINTURA ESCAPULAR
Inclui todos os movimentos feitos com os ombros, com os membros superiores e com a cabeça

B] ESTABILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DA CINTURA PÉLVICA
Inclui todos os movimentos feitos com os membros inferiores, com a bacia e com a base da coluna

C] ESTABILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DO TRONCO
Inclui todos os movimentos do tronco

[A] Estabilização / mobilização da cintura escapular
Activação das “asas”. Afastar os ombros das orelhas.

1. Em pé
· Braços ao longo do tronco. As mãos pressionam e deslizam para baixo nas coxas activando a musculatura dorsal.
· Mãos juntas em frente do peito, cotovelos ligeiramente abertos. Pressionar mãos contra mão activando musculatura dorsal.
· Elevar braços acima da cabeça juntando as mãos, durante a inspiração. Fazendo tracção com as mãos, dobrar os cotovelos e avançá-los ligeiramente para a frente da cara, durante a expiração, activando a musculatura dorsal. DINÂMICO

2. Deitado
· Em supinação, com joelhos flectidos e pés apoiados no chão. Desliza mãos no chão ao lado das coxas na direcção dos pés.
· Na mesma posição. Eleva braços e leva-os esticados atrás da cabeça. Volta com braços à vertical recolocando os ombros ligados às costas e continua o movimento até ao chão do lado das coxas. DINÂMICO

[B] Estabilização / mobilização da cintura pélvica
A bacia como elemento de ligação entre os membros inferiores e a coluna.

1. Deitado – Usar o sacro como referência para saber da posição da bacia
· Em supinação, com joelhos flectidos e pés no chão, desliza uma e outra perna alternadamente
· Na mesma posição, desliza duas pernas ao mesmo tempo

2. Em pé
· Levanta pernas alternadamente com joelho flectido
· Agacha com pernas paralelas. Nota: Ter atenção aos ajustes que o corpo vai fazendo para se adaptar ao movimento devido às limitações / desequilíbrios de cada um.

[C] Estabilização / mobilização do tronco

1. Articular a coluna em flexão
· Deitado – Roll down, roll up, pelvic curl, shoulder bridge
· Em quatro apoios – Cat stretches: flex / ext.
· Em pé – Cat stretches, roll down

2. Articulação da coluna em extensão
· Prone head lift
· Prone leg beats

3. Estabilização e fortalecimento do tronco
· Pranchas
· Flexões de braços

AULA PRÁTICA

Mat Básico para Intermédio
1. Standing exercises:
Meridian stretch
Standig round
Standing lat pull
Standing side bend
2. The hundred
3. Roll up
4. Single leg circles
5. Rocking on the back
6. Roll down
7. Rolling like a ball
8. Single leg stretch
9. Double leg stretch
10. Single straight leg stretch
11. Double straight leg stretch
12. Criss cross
13. Spine stretch forward
14. Open leg rocker (balance)
15. Cat stretches
16. Prone head lift
17. Prone leg beats
18. ½ neck pull
19. Neck pull
20. Tick tock bent legs
21. Pelvic curl
22. Shoulder bridge
23. Side kick balance
24. Teaser bent legs
25. 1\2 swimming
26. Breathing on lower back
27. Balance
28. Standing cat stretch

Olha as minhas formandas!

As minhas formandas apareceram, sem combinação prévia, todas vestidas no mesmo tom, em rosa. Chama-se a isto sintonia e é mesmo o que há mais no estúdio e no curso. Muita sintonia entre todos. É bom de se sentir!

O Estúdio Nuno Gusmão completo!

Este é o aspecto final do meu estúdio. Está lindo e já tem tanta coisa boa para contar...

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Curso de Pilates Tradicional

Ontem terminou o segundo seminário do curso que eu estou a dirigir com o meu colega Jorge, aqui em Lisboa. O seminário durou 12 dias. 12 dias intensivos de informação de diversão, de partilhar e de tanta coisa mais. Fui o último a sair do meu estúdio, onde tudo se passou. Da porta olhei para o espaço e senti-me realizado em mais uma tarefa de um caminho que tracei e que tenho vindo a construir, passo a passo. Senti-me de peito cheio, senti a boa energia do espaço, a sensação de coisa certa, de coisa boa no ar. Conhecer pessoalmente o Michael e o Ton e poder vê-los a partilhar o seu conhecimento (imenso) com todos nós de forma tão natural, foi muito bom. São destas experiências que fazem da vida uma BOA VIDA!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

1º Curso de Certificação em Pilates Tradicional

O Método Pilates é baseado na Contrologia, cujos princípios foram definidos por Joseph Pilates.

“É a ciência e a arte do desenvolvimento coordenado do body-mind-spirit, através de movimentos naturais sob um rigoroso controlo da vontade.”

“A Contrologia é desenhada e conduzida especificamente para fazer circular o sangue lento, distender cada capilar, forçar a linfa através de cada interstício, pelo alongamento de cada músculo e de cada tendão e pela torção do corpo. Tudo isto sob o rigoroso controlo de um cérebro desperto em cada uma das suas biliões de células nervosas.”

Joseph H. Pilates, Return to life (1945)

O Pilates Tradicional segue uma linha de abordagem do Método Pilates mais próxima dos ensinamentos originais do seu criador.

Corpo de formadores

Directores: Nuno Gusmão e Jorge André Félix

Instrutores: Nuno Gusmão, Jorge André Félix

Supervisores: Michael Fritzke e Ton Voogt (Master teacher Pilates)

Contactos:

919376553 (Nuno Gusmão) 919555158 (Jorge Félix)

pilatestradicional@gmail.com

Introdução

Bem-vindo ao primeiro programa de certificação no Método Pilates Tradicional em Portugal.

O presente programa de certificação respeita todas as directrizes internacionais sobre programas de certificação no Método Pilates e é supervisionado por uma equipa de “Master teachers” do Método de Pilates tradicional de reconhecimento internacional: Michael Fritzke e Ton Voogt. O sistema de exercícios original baseia-se em mais de 50 anos de observação e aplicação e de resultados em dezenas de milhares de indivíduos no mundo inteiro, tornando-o aplicável à maioria das situações e condições físicas.

O objectivo geral da aplicação do Método Pilates tradicional é o ganho do completo controlo corporal, aumento de flexibilidade, integração da coluna e dos membros e, de forma bastante significativa, a combinação do poder da mente e do corpo. As estruturas corporais são trabalhadas usando uma série de exercícios com poucas repetições de forma a obter um corpo uniformemente tonificado, alongado e equilibrado que resulta num controlo postural perfeito. A concentração exigida em todo o corpo durante a execução de cada exercício, resulta numa maior qualidade de movimentos, coordenação e respiração.

Um dos objectivos do programa de certificação em Pilates tradicional é o de capacitar o instrutor certificado com um Método que lhe permite, de forma autónoma e segura, iniciar um trabalho, quer como instrutor de aulas de grupo, quer como instrutor de sessões individuais. Desta forma são lançadas as bases para desenvolver um trabalho de descoberta no conhecimento do funcionamento do corpo humano, num desafio constante.

O Método Pilates combina o melhor das práticas de exercício físico ocidentais e orientais estudadas e experimentadas por Joseph Pilates. As práticas de exercício orientais são mais direccionadas para atingir estados de calma e relaxamento e centram-se no todo do ser, enfatizando o alongamento e a maleabilidade do corpo. No ocidente as práticas de exercício físico acentuam o movimento, a tonicidade e a força muscular. O Método Pilates inclui todas estas características numa mesma forma de exercício físico. Esta combinação do trabalho do corpo e da mente atraiu, inicialmente, atletas de competição e do mundo da dança e foi por muito anos um segredo reservado a uma minoria de elite. Hoje em dia, este programa de treino físico e mental foi redescoberto como uma alternativa ou como um complemento de outros programas e formas de exercício, de modalidades de recuperação física e de actividades atléticas.

Custos do processo de certificação

Valor total e forma de pagamento

O processo de certificação terá um custo total de 4750 € (+IVA 21%). Deste valor, 30% (1425€) deverá ser pago após a aceitação do candidato ao curso como forma de reserva do lugar. O restante deverá ser entregue até 31 de Julho de 2007. Este montante contempla os três seminários, permanência nos Estúdios associados à certificação durante o processo de certificação e de acordo com as regras próprias de cada Estúdio, um manual com todos os exercícios ensinados e a frequência dos encontros quinzenais durante o período de estágio. O valor pago não inclui sessões individuais com os orientadores do curso.

Reserva de lugar e política de restituição

Após a avaliação, caso o candidato seja aceite no curso, este terá que entregar 30% do valor total do curso (1425 €) para garantir a sua vaga. Este valor será entregue de volta na sua totalidade, se no final do prazo de candidatura ao curso não houver número suficiente de participantes inscritos. A data final para entrega de candidatura e realização de prova de avaliação é em 31 de Julho de 2007.

Caso o candidato, já aceite, reconsidere a sua participação no curso até 1 de Julho de 2007, ser-lhe-á restituído 50% do montante por ele entregue como reserva de lugar no curso (712,5 €). Após esta data não se fará qualquer restituição do montante entregue como reserva (30% do total).

Desistência a meio do processo de certificação

Caso o candidato decida parar com o processo de certificação antes do início do segundo módulo, ser-lhe-á restituído 50% do valor pago. Se a desistência acontecer após este momento, a organização não lhe restituirá qualquer parte do valor entregue.

Em caso de doença ou outro motivo de força maior, cabe à direcção do curso deliberar sobre a restituição ou não do montante entregue.

Processo de candidatura

Para além de demonstrar uma grande vontade em tornar-se um instrutor de Pilates tradicional certificado, o candidato deverá satisfazer uma série de requisitos:

  • Pré-formação – Vivência no Método Pilates Tradicional. Esta exigência prende-se com o formato da formação em seminário intensivo que obriga ao conhecimento de base no Método como praticante de nível básico. Esta experiência adquire-se pela prática de cerca de 40 horas de treino individual e em grupo. Este número de horas não é absolutamente exigido, no entanto, os candidatos terão que demonstrar o equivalente de conhecimento e vivência corporal em prova de selecção.
  • Entrega dos seguintes documentos devidamente preenchidos:

Acordo de participação

Atestado médico

Curriculum vitae

  • Avaliação prática e oral do conhecimento do Método Pilates tradicional com ambos os directores do curso
    • Entrevista com ambos os directores do curso

    Avaliação dos candidatos – Processo de selecção

    Para além da avaliação dos documentos entregues pelo candidato, é realizada uma prova individual e em grupo, onde será avaliado o conhecimento prático do Método e aplicação específica que foi feita para o corpo do candidato. Esta prova será realizada em data a combinar com os directores do curso e implicará o pagamento de 50 €.

    Serão avaliados em:

    • Realização de uma sessão no Mat de nível intermédio e no reformer de nível básico. Deverá realizar os movimentos com correcção, com cadência apropriada, com as modificações/adaptações que se justificarem e com um mínimo de movimentos nas transições.
    • Completar a sessão com exercícios nos outros aparelhos, que sejam apropriados para o seu corpo e suas necessidades. Deve realizar uma finalização adequada.
    • Todos os exercícios devem ser feitos sem qualquer ajuda, pelo que é exigido o manuseamento dos aparelhos em segurança.
    • Deve ter um conhecimento geral do objectivo dos exercícios que realiza, bem como dos seis principais princípios do Método Pilates (Controlo, centralização, concentração, respiração, precisão e fluidez), mentalmente e na realização dos movimentos.
    • A prova em grupo consiste na participação de uma aula de Mat em grupo de nível intermédio, conduzida por um instrutor certificado no Método Pilates tradicional, sendo a prestação do candidato avaliada quanto à execução dos movimentos e aplicação dos princípios do Método.

    Estágio

    O período de estágio tem uma duração mínima de 600 horas de trabalho acompanhado e supervisionado por um instrutor certificado no Método Pilates, num estúdio Pilates reconhecido pela direcção do curso. A programação durante o período de estágio permite ao formando desenvolver capacidades de ensino e de domínio do Método Pilates tradicional.

    A organização do tempo de estágio depende da disponibilidade de horários de instrutores certificados e da disponibilidade do formando. O tempo mínimo de duração é de 600 horas. Não estão incluídas as horas destinadas a pré-formação e a exames escritos ou provas práticas. O formando deverá estabelecer um plano de realização de estágio em conjunto com a direcção do curso, ainda antes da entrada no mesmo. Nas horas de estágio estão incluídos os períodos de observação e auxílio do instrutor certificado em estúdio, bem como o tempo de prática autónoma e/ou orientada no estúdio e em aula de Mat em grupo. O período de permanência em estúdio só é válido quando acompanhado por um instrutor certificado. Todas as horas de estágio deverão ser obrigatoriamente registadas em documento próprio e assinadas pelo instrutor certificado responsável pelo estúdio.

    O estágio consiste, então, num período de observação, prática e assistência dos instrutores certificados e está dividido em três fases principais:

    Fase 1 - 0 a 200 horas Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência pontual do instrutor certificado supervisor.

    Fase 2 – 200 a 400 horas Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência do instrutor certificado supervisor e ensino a amigos e outros formandos no centro de certificação, supervisionado.

    Fase 3 – 400 a 600 horas Período de estudo e prática dos exercícios autonomamente e em aula, observação da prática de ensino dos instrutores certificados e ajuda/assistência do instrutor certificado supervisor e ensino supervisionado de clientes reais/casos reais.

    Avaliação: Haverá um exame escrito e prático no final de cada um dos períodos de 200 horas de estágio.

    Haverá quinzenalmente um encontro com todos os formandos do curso para uniformizar critérios de treino e orientar a prática e o estudo dos formandos, bem como orientar o processo de avaliação contínua.

    Descrição resumida da formação

    O processo de certificação em Pilates Tradicional consiste em duas partes: treino em seminário e treino em estágio.

    O treino em seminário será dividido em 3 partes com uma duração total de 18 dias repartidos da seguinte forma: I seminário de 3 dias consecutivos, II seminário de 12 dias (6 consecutivos, 1 de intervalo mais 6 consecutivos) e III seminário de 3 dias consecutivos.

    No conjunto dos seminários será abordado todo o conteúdo referente aos níveis básico, intermédio e iniciação ao avançado de trabalho de estúdio e de trabalho em aula de grupo. Dadas as características de exigência deste formato de formação, é absolutamente recomendada uma boa forma física e uma boa vivência prévia do Método Pilates Tradicional enquanto praticante.

    O treino em estágio tem uma duração de 600 horas obrigatórias que deverão ser cumpridas em três partes mínimas de 200 horas após cada um dos seminários. Em cada um dos períodos de 200 horas haverá encontros periódicos quinzenais de todo o grupo de formação que são de presença obrigatória e que contam como horas de estágio.

    Haverá vários exames escritos e práticos durante o período de estágio.

    Só será concedido certificado aos formandos que frequentarem as horas de seminário na íntegra, frequentarem os encontros periódicos durante os períodos de estágio, completarem todas as horas mínimas de período de estágio e tiverem aproveitamento nos exames escritos e práticos.

    O curso terá uma duração aproximada de 10 meses.

    As principais datas:

    • 1/07/07– Data limite de entrega de candidatura
    • 31/07/07– Data limite de inscrição e pagamento do curso
    • Início do curso – 7/09/07
    • Final do curso – 6/07/08
    • I seminário – 7 a 9/09/07
    • II seminário – 1 a 6 e 8 a 13/12/07, c/ Michael Fritzke e Ton Voogt
    • III Seminário – 4 a 6/04/08
    • Exames finais – 30/06 a 6/07/08

    Quinzenalmente, em datas a combinar posteriormente, haverá um encontro de um dia, ao fim de semana.

    Michael Fritzke (EUA)

    e Ton Voogt (HOL)

    Certificados no Método Pilates sob a tutela exclusiva de Romana Kryzanowska, uma das protegidas de Joseph Pilates. Em 2000 Romana pediu-lhes que se tornassem Formadores de Professores do seu programa de certificação internacional. Ao lado de Romana Kryzanowska, orientaram centenas de instrutores do mundo inteiro.

    Em 2003 afastaram-se do programa de certificação da Romana para seguirem os seus próprios passos. Juntos, têm apresentado vários seminários, workshops, master classes e programas de educação contínua para instrutores de Pilates certificados e entusiastas do Método Pilates, quer nos EUA, onde residem, quer no estrangeiro.

    Colaboraram com vários fisioterapeutas de forma a integrar o Método em programas de tratamento de pacientes. São os criadores do revolucionário programa TRIADBALLTM e dos programas de treino TRIADBALLTM Pilates©.

    Em 2005 instalaram um programa de certificação para o Skandinavisk Pilates Institute em Oslo. Fizeram o mesmo para o Stichting Pilates Instituut em Eindhoven e para o Pilates System Europe em Viena, já em 2006.

    Em 2007 irão iniciar o mesmo programa de certificação em Lisboa, Portugal.

    O seu trabalho pode ser visto em duas linhas de VHS/DVD e já foi referenciado nas revistas Pilates Style, Self e muitas outras publicações.

    Já foram convidados por programas televisivos nas cadeias, Oxygen, Lifetime, FOX e ABC.

    sábado, 14 de abril de 2007

    Academia

    A instalação do meu estúdio

    A

    Na primeira foto aparecem algumas das pessoas que, profissionalmente, me marcam a actualidade. O Jales, que me aceitou no staff do Academia, o Mauro, que me acompanha desde os inícios da minha entrada no mundo dos ginásios e do conhecimento do trabalho com o corpo e o meu carequinha, o Luís, que é a minha primeira costela nas andanças do Pilates.

    É um prazer trabalhar no meu estúdio. É um prazer trabalhar no Academia. Tenho que resolver uma questão, a de não ser completamente engolido. Começo a achar que não tenho tempo para mim... Conlusão: Tenho que rearranjar a forma como organizo a utilização do tempo durante o meu dia para continuar a fazer todas as coisas que me dão prazer. Agora tenho ainda mais condições para estar melhor. É que eu tenho o privilégio de trabalhar no centro de Lisboa, a três minutos de carro de minha casa, a trinta minutos a pé de minha casa. Um luxo. Tudo isto à beirinha do Tejo... Que cores, que sensações posso usufruir como esta proximidade que poucos lisboetas gozam....

    quinta-feira, 29 de março de 2007

    Estúdio Nuno Gusmão

    Já faz muito tempo que não escrevo no meu blogue. Vou dizer o que não queria: não tenho tido tempo ... tenho estado muito ocupado com o meu estúdio que vai abrir já na próxima segunda feira, 2 de Abril. E ao dizer isto, realizo que ainda tenho um caminho muito, muito grande para percorrer no sentido que eu pretendo dar à minha vida. Eu acredito que na vida temos tempo para aquilo que queremos. Na vida dedicamos tempo, energia, seja lá o que quiser chamar, àquilo que verdadeiramente achamos que é importante para nós em determinado momento. Eu sei o bem que me fez poder dedicar-me o tempo de escrever para mim, sobre as minhas coisas. O tempo que dediquei e que vou continuar a dedicar a meditar sobre as minhas ideias, sobre os meus pensamentos. Uma coisa é pensá-los outra é relembrá-los e relembrá-los. Só quando voltamos aos nossos pensamentos, quando escrevemos sobre eles, quando falamos sobre eles de alguma forma, podemos verdadeiramente pensar sobre eles e tirar algum proveito da nossa capacidade de pensar, de reflectir.
    Comecei a ler um livro sobre uma ideia que há algum tempo me chegou e com a qual me identifiquei. O movimento slow food (www.slowmovement.com). É um livro do autor Carl Honoré. Eu estou a adorar. Experimentem!
    Bem, tudo isto para deixar registada a abertura do meu Estúdio.

    terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

    The Secret

    O Segredo.
    Vale a pena partilhar com quem nós gostamos. Vocês que me lêem. Podem ver uma explicação nesta introdução, em que o Dr. Proctor explica do que se trata:
    Também podem através do link fazer busca no video.google.com de noticias e programas acerca do Segredo
    http://www.youtube.com/watch?v=fbuZOk1QmYk Larry King e Oprah na CNN
    Oprah Winfrey revela 'O Segredo'
    Oprah Winfrey 'O Segredo' - A INCRÍVEL reacção
    Larry King Live - 'O Segredo" [Para além do Pensamento Positivo]
    'O Segredo' no Show da Ellen deGeneres
    'O Segredo' na CBS News
    Aqui fica o filme, inteiro e legendado (em brasilês).
    Entretanto, e se quiserem, deixo-vos o que eu resumi durante o visionamento do filme completo: O Segredo é: A lei da atracção - Tudo o que entra na minha vida sou eu que atraio. Nós não somos mais do que energia, como tudo o resto no universo. Energia que vibra em diferentes estados. Basicamente, podemos vibrar positiva ou negativamente. Usamos a palavra sentimento para exprimir o estado vibracional em que nos encontramos. Oscilamos entre os dois polos - sentimo-nos bem ou sentimo-nos mal - e o objectivo é conseguir estar mais tempo possível num nível vibracional positivo, isto é, com um sentimento de bem estar.
    A fonte universal de energia é inesgotável, os pensamentos que eu posso gerar na minha mente são inesgotáveis. Estes pensamentos criam ideias no meu subconsciente e desta forma afecto-me a mim e a todo o universo, porque tudo é energia! É fácil, não? Então: pensamentos criam ideias, estas geram estados vibracionais em mim e assim atraio tudo o que tenha este mesmo estado vibracional. Se queremos atrair determinada coisa ou situação para a nossa vida, seja ela qual for - mais dinheiro, mais harmonia, mais festas, mais saúde, mais seja o que for - só temos que nos colocar no estado vibracional dessa coisa, o universo faz o resto: providencia!
    Então como usar o Segredo - a Lei da Atracção?

    1. Pedir o que se quer obter. Basta o pensamento. A escrita serve para ajudar a organizar o pensamento.
    2. Resposta. Essa é a tarefa do Universo. O Universo rearranja-se para que os nossos desejos seja, realidade.
    3. Receber. Para isso temos que estar alinhados com o que pedimos. Quando estamos alinhados sentimo-nos muito bem! Sentimos entusiasmo, paixão, alegria!

    Quando começamos a duvidar e a sentir raiva, desespero, sentimentos maus - quando começamos a sentirmo-nos mal - voltamos a estar desalinhados com os nossos desejos e não os podemos receber, por muito que o queiramos. Vêem como é tão simples. É desejar e depois sentir-se gratos e felizes com a vida, viver em alegria o tempo inteiro. É fantástico, acreditem que é.

    EU SOU O ÚNICO QUE CRIO A MINHA REALIDADE

    Eu tenho que me apreciar a mim mesmo para que me apreciem. Eu tenho que apreciar o que de bom há nos que me rodeiam para poder estar bem com eles e ter o seu respeito.

    O MUNDO BASEIA-SE NO BEM ESTAR E O BEM ESTAR ABUNDA

    Os sintomas e os sinais do corpo não são uma coisa terrível. Pelo contrário, eles são o nosso sistema de feedback sobre o que está bem e o que não está bem na nossa vida, no nosso corpo, em nós! A doença não pode viver num corpo que esteja num estado mental saudável. Pensamentos mais felizes conduzem a uma bioquímica mais feliz, um corpo mais feliz e mais saudável. Um corpo sem stress cura-se a si próprio.

    INCURÁVEL QUER DIZER CURAR-SE A SI PRÓPRIO!!!

    O QUE SE RESISTE, PERSISTE!!!

    Quando digo: "Eu não quero isto!" "Eu quero lutar contra isto", eu estou, de facto, a gerar mais daquilo que não quero, de que não gosto ... Os movimentos "anti" criam mais daquilo que querem irradicar porque se focam justamente nisso. A Madre Teresa de Calcutá disse: "Eu nunca aceitarei participar numa manifestação anti-guerra. Mas podem convidar-me para uma manifestação a favor da Paz!"

    Temos que nos concentrar naquilo que queremos e não naquilo que não queremos. Por exemplo, se somos contra um político o que temos que fazer é ser a favor do seu opositor. Temos que saber e conhecer aquilo que não queremos para podermos decidir por aquilo que queremos. temos que estar informados mas não temos que ser inundados por informação negativa. Essa gera mais negatividade ... Já pensaram no conteúdo que passa nos telejornais? Valerá mesmo a pena vê-los? Para quê?

    Quando vemos uma coisa que queremos na nossa vida, pensemos nela, encontremos um lugar tocante dessa coisa e deixemos que fazça parte da nossa vida, dos nossos pensamentos diários. Devemos falar dela, escrever sobre ela como se já existisse na nossa vida, disfrutar por antecipação.

    Quando vemos uma coisa que não queremos na nossa vida, não devemos falar sobre ela. Não devemos escrever sobre ela, não devemos juntar-nos a grupos que se preocupem com ela. Façamos o melhor por ignorá-la!

    A minha missão é aquela que eu der a mim próprio! A minha vida é da maneira que quiser, como eu a criar!

    O meu primeiro objectivo na vida é sentir Alegria, logo, fazer as coisas que me dão prazer e me trazem alegria. Procuro colocar-me num estado de Alegria e Bem estar e, nessa situação, peço o que quero para a minha vida. A Felicidade Íntima é, na verdade, o combustível do sucesso!!!

    Não há nada que eu não possa ser, ter ou fazer. Eu sou o magnífico criador e eu estou aqui por minha vontade poderosa e deliberada de estar aqui!!!

    FEEL GOOD

    A edição portuguesa do livro foi já editada pelas edições ASA, através da "Lua de Papel" e pode ser encomendada AQUI.

    sábado, 24 de fevereiro de 2007

    Cada vez mais maravilhado com o Método Pilates

    As maravilhas do Método Pilates tradicional. A minha mestra Inélia tem formação, ou pelo menos conhecimento, em alguns métodos de trabalho do corpo, métodos holísticos que fazem uma abordagem não analítica do corpo. Eu acredito que qualquer abordagem ao corpo deve ser o mais holística possível. Bem, esta minha mestra, com todo este conhecimento teórico e prático, muitos anos de trabalho com corpos - dos outros e o seu - depois de conhecer o Método Pilates tradicional pela boca, pelos olhos e pelas mãos da grande Senhora e Mestra Romana percebeu que este constitui, de facto, uma abordagem tão holística e inclusiva que permite ser usada sem outros complementos nem outras invenções ou actualizações. Este Método a ela basta-lhe! Pareceu-me um pouco religião quando percebi este ponto de vista mas, por vir de quem vinha, achei que vali a pena saber o porquê de tanto fanatísmo e crença. Experimentei e continuo a experimentar até hoje e não paro de me maravilhar... Os resultados que a aplicação do Método Pilates tradicional, mesmo sem grandes questionamentos sobre os comos e os porquês da coisa fazem milagres.
    Antes de trabalhar com o Método Pilates eu usava o que aprendi sobre exercício e saúde, tentava, o melhor que sabia, aplicar aqueles conhecimentos e sempre o mais actualizados possível. Tive sempre a mesma angústia, não conseguia ver realmente resultados nos corpos com que trabalhava. As mudanças ao nível fisiológico e funcional, essas sim, conseguia-as sem problema mas as mudanças na forma e na organização corporal dos meus alunos/clientes, a reorganização do seu "chassi" isso não conseguia ver nunca. Eu conseguia ver que havia alguma coisa fora do sítio, que funcionava mal mecanicamente, fora do alinhamento, mas não conseguia mexer e alterar a forma incorrecta que via, não sabia onde e como mexer nessa forma, nessa estrutura. Eu sei que há vários métodos de exercício físico que são tão eficazes como o Método Pilates tradicional para conseguir estes mesmo objectivos de que falo, no entanto, este foi-me apresentado e ensinado de uma forma tão brilhante e tão convincente que eu o adoptei.
    Eu penso que com a aplicação do Método Pilates tradicional de forma global, sem grande individualização do mesmo às necessidades específicas de cada indivíduo, como eu faço nas aulas em grupo que oriento, se conseguem resultados maravilhosos nos corpos e no bem estar de quem pratica. O corpo melhora na forma global e no seu funcionamento organico interno também. No entanto, para se conseguir curar problemas muito específicos em menos tempo e com muito mais "mão cirúrgica" é preciso conseguir uma aplicação do Método muito mais afinada. Esta aplicação afinada, quase cirúrgica, pode conseguir-se em estúdio, usando todos os recursos que o Joseph Pilates nos deixou. Não são os aparelhos que fazem a diferença, no entanto, é a forma como são utilizados que importa. A forma de uma movimento e o sentido desse mesmo movimento pode ter tantas nuances quantas nós consigamos dar. A arte do ensino, a arte do trabalho como corpo está, no meu entender, na capacidade que algumas pessoas têm em utilizar propositadamente cada uma dessas nuances. A arte está na adequação da aplicação e na capacidade de observação.

    sábado, 17 de fevereiro de 2007

    O Tempo ...

    O tempo que damos para que as coisas aconteçam. O tempo que achamos que não temos para fazer aquilo que nunca temos tempo de fazer. A correria em que se vive é uma coisa incrível. Já escrevi sobre este assunto, mas tenho tido tempo (um privilégio de poucos, hoje em dia, ao que parece) para reflectir mais ainda sobre ele, sobre o Tempo. Estou a ler um livro do Meir Schneider "Movimento para a Autocura" (2004). Ele relata a sua própria conquista do domínio do corpo através do movimento, a conquista da cegueira com que nasceu e que curou por meio de exercícios físicos e automassagens e ... muito tempo de prática e paciência. Meir diz "A oftalmologia, desde então, sempre desacreditou as descobertas do dr. Bates e os seus exercícios (um médico que criou exércícios para curar problemas de visão). Creio que a principal razão para isso é o tempo, a disciplina e a paciência necessários para praticar os exercícios, e nem todo o mundo está disposto a empregar tanto esforço para melhorar a visão." eu sei que, hoje em dia, poucas pessoas estão dispostas a qualquer pequeno esforço para fazer alguma coisa por si próprios. Há mesmo quem tenha tempo para os outros, para dar atenção aos outros mas quando chega a si próprio ... Eu entendo que antes dos outros estamos nós próprios. Antes de cuidarmos dos outros e para o podermos fazer bem feito, temos que cuidar de nós próprios, pelo menos na mesma medida em que cuidamos dos outros.
    Eu assisto quase todos os dias a gente que vem ter comigo ao meu local de trabalho e que me pede ajuda para um mal estar qualquer que já se manifesta fisicamente. A grande maioria não quer resolver o seu problema, quer que outros se responsablizem pelos seus problemas, querem que algum "especialista" lhes de uma solução e se encarregue de fazer acontecer a coisa com o mínimo de esforço possível para si próprios. O primeiro entrave para qualquer plano de cuidado com o próprio Ser é ... a falta de Tempo! Há sempre outras coisas mais importantes do que nós próprios para resolver e para cuidar, há sempre alguém que necessita mais de cuidado do que nós próprios. E assim lá seguimos agudizando as nossas mazelas e descuidando do nosso Ser, mas sempre com um sentimento de tarefa cumprida e com um grande alívio de consciência por termos feito algo por outro Ser qualquer ... sempre mais importante do que nós próprios.
    Cuidar do próprio Ser, ter respeito por nós próprios, ter controlo sobre o nosso Ser, conhecer o nosso próprio Ser e ser o próprio Ser é uma tarefa que exige Tempo, paciência, esforço, empenho, autoconhecimento, dedicação e presença Constante. É uma tarefa em full-time! Não é para todos? Deveria sê-lo. Mas por haver tanta gente preguiçosa, irresponsável, meio vazia é que existem tantas profissões como a minha que servem para assumir parte da responsabilidade que cada um deveria ter por si próprio e pelo seu bem estar e qualidade de vida. Nós, profissionais destas áreas que se dedicam a cuidar de outros, ou cuidamos muito bem de nós próprios primeiro ou acabamos cedo por definhar com o nosso mal estar e o mal estar que os outros nos trazem. Eu procuro viver o meu Tempo com muita calma, cada vez com mais calma e menos urgência. E sabe tão bem! Experimentem ...

    quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

    Um ponto da situação

    Comecei há coisa de sete ou oito meses num caminho que me levou até ao ponto onde estou hoje e sei que me irá levar muito mais além. Parece que é preciso algum acontecimento menos feliz para nos fazer andar em frente, dar um salto. Comigo foi o que aconteceu. Uma história menos feliz - bem infeliz - deixou-me bem no fundo, lá, onde é difícil descer mais. E a vida deu a volta. Eu dei a volta. E damos a volta pouco antes de nascermos. Damos a volta quando estamos preparados. Colocamo-nos em posição para nascer. E assim acontece ao longo da nossa existência como seres, vamos dando voltas e nascendo, mais voltas e nascendo de novo. Há quem não consiga dar a volta e lá se vai aguentando fora da vida, sem sair do seu casulo. Eu dei a volta e estou já com a cabecita de fora ... Não vai ser um parto difícil, vai ser um parto trabalhado, esperado, amadurecido. Esta criança que vou ser de novo tem um propósito e vai preencher um espaço que lhe pertence antes mesmo de existir. Este nascimento não é feito todo de uma vez, como acontece nos porquinhos quando nascem. Eu já vi porcos a nascer e eles saiem de uma vez só, como uma rolha de champanhe. O meu renascimento vai ser lento, sem dor, com prazer, mas lento, por partes.
    Eu sinto que a minha vida está a encaixar-se. Que as partes estão a fazer sentido. É incrivelmente bom este sentimento. É o meu espaço físico, a minha casa que é linda de apetecer ficar e de apetecer chegar. É a minha família directa de quem me reaproximei e onde me sinto, agora, como em minha casa. É a minha vida pessoal, sentimental, que nunca esteve tão bem, tão sem pressas, tão tranquila e gostosa. É a minha vida profissional que está prestes a dar uma grande volta, passando eu a ter o meu espaço de trabalho, coordenado por mim, com o meu nome, onde eu posso me sentir como em minha casa. Vai ser como ter uma casa de dia e outra casa de noite, ambas espaços onde apetece estar, onde apetece chegar.
    No outro dia ao acordar lembrei-me que já houve um tempo em que só me apetecia dormir e que ter que acordar era já uma canseira. Acordar e não saber para quê. Acordar e não saber com o que contar, uma ausência total de objectivos e de ambição. Um vazio. Isso acabou! A situação agora é de querer agarrar o dia, os projectos e as ideias aparecem e fazem sentido. Foram várias as coisas que me fizeram chegar aqui mas a principal coisa que aprendi e que de volta e meia procuro relembrar é que não importam as condições, importa como eu estou comigo. Sou eu que faço as condições acontecerem da forma que acontecem. De vez em quando preciso de fazer um balanço - faço-o frequentemente - sobre o estado do meu Ser, sobre o meu estado de mim para comigo para não me esquecer que eu PRIMEIRO tenho que estar bem COMIGO. O resto vem por acréscimo.

    sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

    A loucura dos sentidos

    A loucura em que se vive hoje em dia se calhar é igual à loucura que se vivia há muito anos atrás, mas com outros contornos... Mas a de hoje em dia tem coisas que me fazem pensar. Eu acho que as pessoas então cada vez mais desgastadas com tanto estímulo que lhes chega por todos os sentidos durante o dia. Os estímulos estão aí, ao dispor de todos, no entanto alguns parecem mais afectados do que outros. Os estados de loucura são mais que muitos e já convivemos com eles de forma mais ou menos pacífica, já os entendemos e desculpamos, como sendo estados normais do ser.
    A condução nas estradas, por exemplo, é uma verdadeira loucura. As velocidades a que se conduz e as manobras mirabolantes e perigosas que se fazem sem a menor das preocupações. Agora que temos os radares espalhados pela cidade, comecei a tomar mais consciência da velocidade a que as pessoas andam pela estrada, que é a velocidade a que eu andava frequentemente. Quando comecei a fazer os troços vigiados por radar à velocidade limite, de 50Km/h, pareceu-me impossível conduzir a tal velocidade, o carro ía parado ... uma seca. O facto é que me fui habituando e resolvi fazer todo o trajecto casa-trabalho-casa sempre dentro deste limite de velocidade. Primeiro percebi que não demorava mais tempo do que antes. Depois fui-me apercebendo da tranquilidade que me traz o facto de conduzir bem mais devagar. Fico mesmo mais calmo e mais bem disposto. É fantástico. Mas a maioria dos condutores não respeita os limites de velocidade. A estratégia senguida é a de abrandar junto do radar e depois voltar a acelerar ainda mais para recuperar o "tempo" perdido ou qualquer outra coisa perdida.
    Outro sinal que me chega da loucura das pessoas de hoje em dia passa-se nos ginásios, o meu local de trabalho. Então, um ginásio tem que ter, música alta e com uma batida bem marcada, daquela música que nos entra pelo corpo e que nos faz mexer mesmo quando estamos esgotados. Tem que haver sempre uma quantidade enorme de televisões, grandes de preferência, com vários programas em simultâneo. Depois as modalidades que têm aparecido e que continuam a florescer são de uma brutalidade, de uma agressividade física para todos os sentidos que espanta, pelo menos a mim espanta-me! No outro dia cheguei ao ginásio e ouvi uma gritaria muito grande, uma gritaria furiosa e mal disposta. Fui ver. Era uma nova aula, army qualquer coisa. Pois neste aula, que é das mais concorridas do ginásio, está um senhor com formação militar e aspecto muito rude a dar instrução como se estivesse a tratar com recrutas, ou devo dizer como se estivesse a tratar com animais mal comportados. Pareceu-me um perfeito absurdo que indivíduos ditos normais se prestem e paguem bem pago para que no final do dia possam ter um destes tratamentos. Mas se pegar nas outras aulas do ginásio não vou para muito longe desta imagem. Numa sala, enfia-se uma data de gente sentada em bicicletas estacionárias, onde a temperatura e o cheiro são quase proibitivos, a música está num volume que nem em discotecas se encontra e onde o objectivo é suar muito e sair completamente estrupiado e desgastado. Para além de tudo isto a luz é apagada para "criar um ambiente". O responsável pela sessão deixa de o ser porque não consegue ver coisa nenhuma se alguma coisa ocorrer que mereça a sua atenção ... Mas a malta quer é disto!
    O resultado da participação nestas aulas que descrevi é um esgotamento total, um esvaziamento total do ser que permite um alheamento da realidade por exaustão. Como consequência os participantes chegam a casa, depois de um merecido duche, e desmaiam, literalmente, entram num torpor que lhes permite esquecer os seus problemas, frustrações. Que lhes permite esquecer as suas realidades que, pelos vistos, não lhes agradam.
    Eu penso que há uma nessecidade de sobrecarregar os sentidos para poder desligá-los, para conseguir desligá-los. A solicitação diária é tão grande que muita gente não encontra outra forma de lidar com a vida se não fugindo dela. Há quem o faça da forma que descrevi - e convence-se que está a tratar da sua saúde - e há quem o faça por meio de substâncias que alteram o comportamento artificialmente, com o álcool e outras drogas. Há quem coma até não poder mais, há quem procure encher-se de sexo, ... há de tudo mas acho que vai dar tudo no mesmo. A procura da saturação dos sentidos para poder desligar.
    Mas há outra solução, no meu entender ... vou escrever sobre isto outro dia. Estou cansado e preciso repousar.

    quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

    O sapo que virou sopa!

    Que história mais fantástica esta do sapo que virou sopa. Estava um sapo feliz e contenet por ter encontrado um charco tranquilo onde repousar. Acontece que o charco era uma panela destinada a fazer sopa. Alguém resolveu acender a fornalha por baixo da panela. O sapo começou a sentir o seu local de descanso ainda mais confortável. Estava morninho, mesmo bom para uma soneca ... De morninho ficou quentinho e a sonca passou a sono tranquilo. O calor aumentou e o sapo cozeu ... virou sopa! Tivesse o sapo caído no caldeirão já a ferver e teria saído de imediato em grande salto mas a coisa foi ficando quentinha e pareceu confortável, não deu nem tempo para se aperceber o que se estava a passar ... virou sopa!
    E é assim, talvez nem sempre, mas muitas vezes na nossa vida, em todos os quadrantes. As coisas estão boas, tranquilas, quentinhas, e nós vamos ficando na nossa soneca. Quando acordamos já ... virámos sopa. É preciso estar acordado, mesmo quando as coisas nos parecem muito confortáveis. O seguro morreu de velho ... talvez sim. Não penso que o moral da história tenha só este sentido. Gosto mais da parte que me chama a atenção para a necessidade de não nos acomodarmos à situações confortáveis da vida. Às situações profissionais, às situações de relação pessoal. Não é bom deixarmo-nos ficar só porque está quentinho e confortável. Também não me parece bem ter que estar sempre com as antenas ligadas à espera do inesperado. Há que viver a vida com calma, é importante podermos apreciar as coisas boas e que nos sabem bem, e que nos fazem bem. Não nos podemos é deixar ficar nas mesmices. É importante querer andar para a frente, querer sempre um pouco mais da vida e das situações. Querer mais não é um defeito, é um direito! E eu sei que mereço! Prefiro continuar sapo ... não quero virar sopa!

    quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

    Hoje estou cansado ... Ou talvez não!

    Hoje estou cansado, sem razão aparente. Dormi as minhas oito horitas, não trabalhei por aí além, fiz as minhas protecções logo pela manhã, não tive nenhuma chatice daquelas que nos tira a energia toda ... mas estou cansado! Estes estados do Ser não são mais do que criações da nossa, neste caso minha, cabeça. Se neste momento me dissessem que iria fazer qualquer coisa de que gosto muito, a minha energia iria subir para os píncaros num repente, mas como sei que ainda tenho que ir ao ginásio dar mais uma aula que para mais, não é minha ... Pois é, mas tudo isto tem solução e é tão fácil. Basta eu construir uma outra realidade para os mesmo factos que a coisa já muda de figura. Então aqui vai:
    Hoje tive um dia muito bom. Depois de dormir oito horas, mais do que suficientes, dei umas aulas muito gratificantes a clientes que sempre me recordam o bem que eu lhes proporciono com o meu trabalho. Saí do estúdio re-energizado! Agora ainda vou ao ginásio dar uma outra aula que não é minha e vou poder conhecer outros potenciais clientes a quem vou poder dar bem estar e conforto físico. Há vidas melhores, com certeza, mas este meu dia só me pode deixar bem disposto e pronto para o que vier. E é assim que, então, eu me sinto, Cheio de energia e pronto para continuar o meu bom dia!

    segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

    As Mestras!

    As minhas Mestras de Pilates. Romana Kryzanowska e Inelia Garcia. Duas Senhoras que me ensinaram muito e de quem espero vir ainda aprender muito mais. Estas duas senhoras dera-me a mão no início de um caminho que eu por mim descobri e que decidi trilhar. Na minha vida tenho procurado e tenho encontrado alguns mestres como estes. Não é fácil, mas é muito bom aprender com gente que ama o que faz na vida!

    domingo, 21 de janeiro de 2007

    Comprometer-me ou não ...

    Ontem tive a visita do meu amigo Fernando de Bilbao, instrutor de Pilates. Foi muito interessante partilhar um pouco da sua experiência e sensibilidade que adquiriu durante a formação em NY com a Romana. Diz ele que passou os mesmos sete meses que eu fiquei no Brasil com a Inélia, mas com a Romana. Todos aqueles dias a ver a Romana a trabalhar com os seus alunos/clientes do dia a dia. Perceber as decisões no momento de observar um corpo, etc. Um verdadeiro privilégio. Eu tive o mesmo privilégio no Brasil, com a Inélia Garcia. E que privilégio... Bem, em conversa com ele, percebi o seu valor enquanto instrutor e pesquisador constante do Método Pilates. Partilho totalmente da sua visão. O importante é ter uma fortíssima base do Método original e ir fazendo pequenas descobertas e explorações dentro dos exercícios originais. Quando eu falo em base quero referir-me não só ao conhecimento teórico e visual dos exercícios, princípios, etc do método, refiro-me - não sei mesmo principalmente - ao conhecimento corporal, sensorial, dos exercícios, dos princípios, das adaptações inerentes á aplicação do Método. Qualquer método ou técnica de exercício só é aprendida no corpomente. Não basta lê-la, é preciso aplicá-la ao próprio corpo e aos corpos de outros para a aprender verdadeiramente. O Fernando dizia uma coisa super importante, que aliás o Michael e o Ton já tinham referido, que é muito diferente o que vemos o corpo fazer e o que o corpo está realmente a sentir em consequência do movimento. Ele fala no "movimento que se vê e o movimento que se sente". é o que eu chamo a linguagem do corpo - os sentidos. A propriocepção é a linguagem do corpo relativa ao movimento e às adaptações músculo-esqueléticas. Mas retomando, a modéstia evidente do Fernando pode servir de justificativa para a não tomada de posições públicas relativamente à nossa prática, neste caso o Método Pilates e o conhecimento do corpo. Eu sei que não sei tudo e que há muito mais gente a saber bem mais do que eu. Também que sei que há por ai muita gente que sabe muito pouco comparado comigo, mesmo muito pouco, e que com esse poucochinho faz-se valer. Pois é, o mercado do treino do corpo e o conhecimento do corpo está cheio da asneiras e eu sei apontá-las e verifico-as todos os dias, infelizmente. Mas, e eu, o que faço eu para alterar algumas dessas asneiras? OK, dou o exemplo com a minha prática. Mas posso fazer mais e acho que está chegado o momento de fazer mais. E fazer mais, significa disponibilizar o meu conhecimento de forma ordenada e sistematizada para quem o quiser aprender e utilizar. Dar formação. Ora aqui está uma coisa que me assusta, sempre me assustou, e atrai ao mesmo tempo. Quando me comprometo a ensinar sobre aquilo que faço estou a comprometer-me, estou a assinar o meu nome por baixo. Mas, e que mal há nisso? Qual o problema? Pois é, não há problema real há somente na minha cabeça. Penso: E se daqui a um tempo já percebi mais qualquer coisa sobre o corpo e sobre a minha prática - que espero que aconteça - que me faz alterar de opinião? Nesse caso só tenho que ser justo e correcto e mudar de opinião e mudar a minha prática. Isso quererá dizer que evolui, que cresci no meu conhecimento. E isso é BOM! O que há a fazer, então? Comprometer-me! Meter as mãos na massa e fazer entender os processos que me levaram a perceber o que percebo hoje na esperança de que possam ser inspiradores para mais alguém. Fazer entender que com a evolução do conhecimento - conhecimento lido e conhecimento sentido/experimentado - é importante que haja um reequacionar da nossa prática.

    quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

    Idosos???

    É tão bom quando as pessoas nos agradecem pelo que nós lhes damos ... No meu trabalho eu tenho esse reconhecimento constantemente. O reconhecimento é tanto maior quanto maior é o problema que a pessoa carrega consigo. Uma das principais situações que tenho tido ultimamente é relativa a pessoas que chegaram a uma idade em que o corpo começa a reclamar da falta de cuidado de que tem sido alvo ao longo da vida. Eu não estou a falar de nenhuma classe etária em particular, tenho gente de todas as idades que encaixam no grupo dos queixosos. Alguns dão-se conta que são um corpo físico mais cedo do que outras. Infelizmente vejo muita gente que não se dá conta de coisa nehuma, continua a viver para o exterior sem se preocupar consigo mesmo. A estes a sociedade consegue encaixar em grupos etários e ditar o que lhes é permitido fazer em cada um deles.
    Hoje em dia há ginástica para idosos. Imagine-se que coisa mais deprimente. Na nossa sociedade um idoso deve portar-se como tal e, entre outras coisas, não deve fazer esforços físicos, deve descansar. Resumindo, um idoso não deve fazer aquilo que um indivíduo jovem ou jovem adulto consegue fazer. É uma forma de ostracismo puro e muito duro! Eu posso comprovar com os exemplos dos vários alunos que tenho e que tenho tido ao longo da minha carreira profissional de especilista em exercício físico que em qualquer idade o corpo pode rejuvenescer em capacidades e manter-se jovem. Um jovem com muito mais maturidade, que já sabe como preservar o seu corpo e não está para loucuras desnecessárias, mas um jovem!
    Hoje uma aluna minha que acabou de fazer 60 anos e que continua linda de morrer, veio contar mais uma das peripécias que acontecem a quem tem um determinado tempo de vida e a quem a sociedade faz questão de lembrar disso mesmo pelas piores razões. Precisou de renovar o seu bilhete de identidade e, segundo as palavras dela, uma rapariguinha suburbana com um cabelo à marquês do pombal descompensado que a atendeu disse-lhe que agora teria direito a um bilhete de identidade vitalício. Esta historinha foi contada num clima de bom humor por uma pessoa que apesar do que lhe querem fazer ver e fazer sentir, não se sente com o rótulo de idade que a sociedade lhe quer à força dar. Esta senhora não é uma idosa, não pertence, definitivamente à terceira idade como este grupo é retratado pela sociedade.

    terça-feira, 16 de janeiro de 2007

    Contrologia

    Joseph Pilates criou um método que implica 100% do corpo e 100% da mente, como ele dizia. Este método, conhecido hoje por Método Pilates, emprega uma série de exercícios físicos feitos em sequência e/ou isoladamente que procuram o desenvolvimento integral do ser. Procuram melhorar a postura, equilibrando as tensões do corpo por meio do movimento, de uma forma em que toda a atenção e intenção é colocada em cada centímetro do corpo. Cada movimento tem um padrão de respiração associado, tem uma forma e dinâmica específicas, exigindo, por isso, uma atenção constante nas sensações e um domínio corporal muito desenvolvidos. Resumido numa palavra, o Método Pilates visa o controlo absoluto do corpo por meio do movimento. A esta arte de controlar o corpo e a mente por meio do exercício, Joseph Pilates chamou Contrologia. Quando, há já cinco anos, me foram passados pela primeira vez os ensinamentos do Método Pilates pela Mestra Romana Kryzanowska e Inélia Garcia, tive uma primeira reacção de cautela no uso da palavra "controlo". Esta ideia de controlo completo do corpo e da mente pareceu-me uma coisa meio fascisante, confesso. O Método não só me pareceu absolutamente genial pelo que vi fazer com os corpos de outras pessoas como com o que fez com o meu corpo durante o processo de certificação. Ao longo destes cinco anos tenho podido ajudar inúmeras pessoas a reestruturar o seu corpo, acabando com dores crónicas e recorrentes, melhorando aspectos físicos posturais e mesmo, mudando atitudes e comportamentos. Hoje compreendo melhor a necessidade do tal Controlo no nosso dia a dia. É muito bom podermos e fazermos o que queremos, mas é ainda melhor fazê-lo quando estamos perfeitamente conscientes e quando as nossas acções são deliberadas. A isto se refere o controlo nas nossas acções, no nosso dia a dia, na nossa vida. Uma vida controlada não é uma vida espartilhada. Uma vida controlada, neste sentido da Contrologia, é uma vida com uma intenção bem definida e com total responsabilização. É bem certo que a nossa vida é o que nós quisermos que ela seja. É importante, por isso, controla-la para que siga um caminho escolhido por nós e não feito de acasos.

    Os pequenos prazeres da vida

    É mesmo bom estar bem com a vida. Melhor ainda é ter consciência desse estado, de estar bem com a vida. Estamos bem com a vida nas coisas simples. A minha amiga Fátima X. acabou de me contar do prazer que teve em limpar a sua casa nova. Diz ela que pela primeira vez gostou de estar a cuidar da casa dela com gosto e que se sentiu bem com a vida por tê-lo feito. De facto, só quando estamos bem com a vida podemos apreciar uma tarefa como esta de limpar a casa toda. Eu já tinha falado com a Fátima X. do gosto que tenho tido ao passar um dia de empreitada em limpeza da casa. E não o faço para me distrair nos meus pensamentos, faço-o mesmo para gozar o momento. Estamos de bem com a vida quando podemos gozar os momentos, todos os momentos da nossa vida, e isso é MARAVILHOSO!!!

    sábado, 13 de janeiro de 2007

    O poder da escrita

    Foi desde que comecei a escrever sobre o que ia vivendo/sentindo, que a minha vida começou a mudar. Tornei-me mais atento, tornei-me mais presente. Já me tinham dito que deveria começar a escrever, que isso me iria ajudar. Sempre me perguntei, mas escrever sobre o quê? E escrever para quê? Agora escrevo sobre o que me apetece e apetece-me cada vez mais escrever, contar, reflectir. Este é um momento meu, um momento de introspeção. Nunca fiz meditação (tenho ideia de começar a fazê-lo proximamente) mas tenho a ideia que a sensação deverá ser como a que experimento hoje em dia quando começo a escrever. Por vezes fico quase ansioso por arranjar uma hora livre para poder escrever, para poder estar comigo um pouco.
    Também escrevo sobre o dia a dia do meu trabalho. Algumas reflexões que vou fazendo da observação dos meus alunos e do trabalho dos meus colegas. Vou transcrever algumas dessas reflexões para aqui para poder arrumá-las em algum local visível e mais acessível para quem as queira ler.
    Já tive bastante mais cuidado com a forma como escrevo. Irrita-me muito quando estou a tentar ler qualquer coisa cheia de erros ortográficos e com frases sem o mínimo sentido. Por isso faço um esforço para não fazer muitas asneiras na escrita mas, por vezes, lá escapa uma aqui ou ali. Que me desculpe, e corrija, quem apanhar essas falhas. Eu agradeço a correcção. Se o meu receio de mostrar que faço asneiras, por exemplo na escrita, já era grande quando comecei a escrever o meu livro pessoal, podem imaginar o que sentia quando pensava em ter as minhas ideias publicadas para quem quer que as encontrasse... Não digo que me sinta confortável por ser apanhado nos meus erros, mas já estou bastante mais confortável e não deixo de escrever o que me apetece. Esta é, também, uma forma de trabalhar esse meu aspecto.
    Como dizia no início, foi mesmo pela escrita que comecei o caminho de me conhecer melhor e de me aceitar melhor. Para mim, o poder da escrita é este. O poder libertador da escrita! Esta é uma forma de organizar os meus pensamentos. Ao escrever sobre o meu dia, sobre as minhas emoções e sentimentos, tenho que repassá-los no meu pensamento, tenho que ressenti-los no meu corpo, e faço-o à velocidade da escrita, que é bem mais lenta do que a velocidade do pensamento. Esta poderá ser mesmo uma forma de autocontrolo. Aprender a pensar com mais calma, aprender a apreciar o presente, aprender a estar mais presente!

    sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

    Eu sou ...e confio!

    A minha Amiga Fátima X. sempre a acertar em cheio. Pois é, esta é uma das coisas que tenho que aprender. Tenho que aprender a reconhecer aquilo que eu sou e tenho que dar o valor devido àquilo que sou. Se eu não confiar no meu valor nunca vou conseguir fazer muito mais além daquilo que já faço. Eu reconheço que há muita gente que me valoriza (às vezes até me espanto com tanta valorização) e sei que tenho muito para dar, mas preciso de concretizar as minhas mais valias para mim mesmo. Hei-de fazer uma lista para me aperceber de tudo aquilo que eu já fiz, e de que sou capaz de fazer bem e muito bem. Isso vai me ajudar.

    É lindo o girassol!

    Bem com a Vida

    A sensação de estar bem, de estar bem com a vida, é uma coisa fabulosa! Acordar com vontade de avançar para o dia, antecipar, com agrado, os vários momentos que vou viver no meu dia, tudo isto me sabe bem. Desde há 6 meses a esta parte que percorri um caminho muito comprido, comigo mesmo. Todo esse percurso foi registado no tal caderno que está a acabar. Irei transpor para aqui, de tempos a tempos, as principais sensações e emoções do que fui passando.
    Uma das coisas que aprendi neste período, e que já me havia sido aconselhada, foi que a escrita me ajuda. A escrita ajuda-me a arrumar as minhas ideias sobre a vida, ajuda-me a repensar, a reflectir sobre o que me vai acontecendo e a poder tirar algum sentido.
    Outra das coisas que tenho vindo a aaprender é que o mais importante é mesmo cuidar de nós próprios, procurar o bem estar. As sensações que vamos percepcionando dizem-nos o caminho que estamos a seguir. É fundamental procurar viver ao máximo tudo o que nos deixe uma sensação de bem estar.
    Também aprendi algumas coisas a meu respeito, sobre as quais ainda tenho que escrever muito até conseguir integrá-las no meu comportamento. Leva o seu tempo para mudar comportamentos e formas de pensar. Leva o seu tempo até nos adaptarmos a novas lentes que nos ampliam a visão.

    terça-feira, 9 de janeiro de 2007

    O início

    O início de mais uma etapa. É por etapas que vou crescendo. Cada vez que me sinto numa nova etapa há uma espécie de euforia da novidade, como quando voltavamos à escola para a turma do ano seguinte e iamos conhecer toda aquela gente nova que nos ia acompanhar durante um ano inteiro.
    Palpita-me que esta será uma grande etapa lindíssima, de grande realização pessoal, de grande libertação, de grande afirmação, também.
    Como na foto onde executo um roll over (uma pilatice), também esta etapa será uma volta sobre mim mesmo. E continuarei a voltar e voltar...