sábado, 13 de janeiro de 2007

O poder da escrita

Foi desde que comecei a escrever sobre o que ia vivendo/sentindo, que a minha vida começou a mudar. Tornei-me mais atento, tornei-me mais presente. Já me tinham dito que deveria começar a escrever, que isso me iria ajudar. Sempre me perguntei, mas escrever sobre o quê? E escrever para quê? Agora escrevo sobre o que me apetece e apetece-me cada vez mais escrever, contar, reflectir. Este é um momento meu, um momento de introspeção. Nunca fiz meditação (tenho ideia de começar a fazê-lo proximamente) mas tenho a ideia que a sensação deverá ser como a que experimento hoje em dia quando começo a escrever. Por vezes fico quase ansioso por arranjar uma hora livre para poder escrever, para poder estar comigo um pouco.
Também escrevo sobre o dia a dia do meu trabalho. Algumas reflexões que vou fazendo da observação dos meus alunos e do trabalho dos meus colegas. Vou transcrever algumas dessas reflexões para aqui para poder arrumá-las em algum local visível e mais acessível para quem as queira ler.
Já tive bastante mais cuidado com a forma como escrevo. Irrita-me muito quando estou a tentar ler qualquer coisa cheia de erros ortográficos e com frases sem o mínimo sentido. Por isso faço um esforço para não fazer muitas asneiras na escrita mas, por vezes, lá escapa uma aqui ou ali. Que me desculpe, e corrija, quem apanhar essas falhas. Eu agradeço a correcção. Se o meu receio de mostrar que faço asneiras, por exemplo na escrita, já era grande quando comecei a escrever o meu livro pessoal, podem imaginar o que sentia quando pensava em ter as minhas ideias publicadas para quem quer que as encontrasse... Não digo que me sinta confortável por ser apanhado nos meus erros, mas já estou bastante mais confortável e não deixo de escrever o que me apetece. Esta é, também, uma forma de trabalhar esse meu aspecto.
Como dizia no início, foi mesmo pela escrita que comecei o caminho de me conhecer melhor e de me aceitar melhor. Para mim, o poder da escrita é este. O poder libertador da escrita! Esta é uma forma de organizar os meus pensamentos. Ao escrever sobre o meu dia, sobre as minhas emoções e sentimentos, tenho que repassá-los no meu pensamento, tenho que ressenti-los no meu corpo, e faço-o à velocidade da escrita, que é bem mais lenta do que a velocidade do pensamento. Esta poderá ser mesmo uma forma de autocontrolo. Aprender a pensar com mais calma, aprender a apreciar o presente, aprender a estar mais presente!

1 comentário:

FatimaX disse...

Há aí alguém com um torcicolo?!

"TORCICOLO

Plano corporal: pescoço(incorporação, ligação, comunicação)

Plano sintomático: deixar um lado do mundo despercebido à esquerda(ou seja, á direita); visão(de mundo) enviesada e unilateral; certeza/incerteza; o desmascarar de uma reveladora segurança de si mesmo; evitar situações desagradáveis, desviar o olhar de seus conflitos.

Tratamento: aceitar a posição de coação como possibilidade de aprendizado: em primeiro lugar, dar-se conta do lado evitado e voltar-se completamente para lado que se encontra no campo de visão forçado, até que a tarefa subjacente esteja resolvida(homeopaticamente); depois da execução da tarefa prioritária, abarcar comos olhos também o outro lado(alopaticamente); aprender a entender a acentuação dos lados esquerdo(feminino) e direito(masculino); apresentar-se ao confronto, encarar o mundo.

Remissão: encontrar o centro em seu modo de ver: o copo está ou meio cheio ou meio vazio, ou seja, tanto uma coisa quanto outra."